CADERNO NITERÓI

Comissão da Alerj encontra indícios crimes ambientais nas Lagoas de Niterói

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Por Jornal do Brasil
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Publicado em 12/01/2021 às 19:02

Alterado em 12/01/2021 às 19:04

Na Lagoa de Piratininga, a Cosan flagrou ações que colocam em risco a flora, a fauna e o corpo hídrico local, com supressão de vegetação, transbordo de esgoto in natura e uma visível mortandade de peixes Foto: divulgação

A Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj (Cosan) flagrou uma série de irregularidades nos entornos das Lagoas de Itaipu e Piratininga, em Niterói, durante visitas de inspeção realizadas nos últimos dias, a partir de denúncias de moradores e pescadores da região. Entre os problemas, foram constatados despejo irregular de detritos feitos pela própria Prefeitura, além de vazamento de esgoto e mortandade de peixes, entre outros problemas.

No entorno da Lagoa de Itaipu, técnicos da Cosan encontraram uma área utilizada para despejo de entulho e outros detritos descartados pela concessionária Águas de Niterói e pela Secretaria Municipal de Conservação, aparentemente, sem o devido licenciamento, formando uma montanha de lixo e acúmulo de água.

“Encontramos uma situação dramática, com muito lixo de diversas origens às margens da Lagoa, gerando acúmulo de água parada e risco ao ambiente, em meio a um parque estadual, onde temos, inclusive, a Reserva Extrativista de Itaipu”, observa o deputado estadual Gustavo Schmidt, presidente da Cosan.

A Comissão já preparou o envio de ofícios à concessionária, à Prefeitura e ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), solicitando acesso às devidas licenças ambientais para a utilização da área. Caso não haja o licenciamento, o Ministério Público será comunicado.

Já na Lagoa de Piratininga, a Cosan flagrou ações que colocam em risco a flora, a fauna e o corpo hídrico local, com supressão de vegetação, transbordo de esgoto in natura e uma visível mortandade de peixes.

“Encontramos muitos peixes mortos no espelho d’água da Lagoa de Itaipu na segunda-feira (11) e uma situação flagrante de ameaça ao ecossistema”, afirma Gustavo Schmidt. “Vamos oficiar a Prefeitura para apurarmos as responsabilidades e fazer com que o Complexo Lagunar de Niterói seja respeitado. Além de ser um patrimônio ecológico, toda essa área também atende a pescadores da região e poderia ser um grande polo de atração de atividades turísticas e de lazer”.

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