RIO

Estação Leopoldina: Paes nega problemas de caixa na Prefeitura e atribui versão a lobby de empreiteira. 'Podem espernear à vontade'

No X, Paes afirmou que a Concrejato tem um histórico de mortes e que, terminada a apuração, voltará a pagar

Por JB RIO com Agenda do Poder
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Publicado em 13/06/2025 às 10:51

Alterado em 13/06/2025 às 10:51

O prefeito do Rio, Eduardo Paes Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Ricardo Bruno - Após especulações na imprensa de que a prefeitura suspendeu os pagamentos à empreiteira Concrejato, responsável pelas obras da Estação Leopoldina, por problemas de caixa, o prefeito Eduardo Paes negou a procedência da informação. E reafirmou o conteúdo da nota em que justifica a suspensão momentânea dos desembolsos para que seja apurada denúncia de que a construtora não cumpre suas obrigações trabalhistas.

Para Eduardo Paes, a versão de que a prefeitura enfrenta problemas de caixa faz parte de lobby da empreiteira junto a formadores de opinião, quando, na verdade, as razões são objetivas e estão relacionadas exclusivamente à denúncia anônima recebida pela prefeitura, dando conta de descumprimento das leis trabalhistas.

“Empreiteiras e seus lobbys usando a imprensa para pressionar o município. Aqui não vai rolar! O fato é que essa empresa tem um histórico de mortes. Recebi uma denúncia que relatei no post abaixo e temos que apurar. Terminada a apuração, voltaremos a pagar! Até lá é dura mesmo. E podem espernear à vontade!”, escreveu o prefeito no X, nesta sexta-feira.

Em outra postagem no X (ex-Twitter) na quarta-feira, 11, o prefeito disse que “a prefeitura recebeu denúncia de que a empresa não estava seguindo as regras das leis trabalhistas colocando em risco os trabalhadores”. “Em razão disso e para apuração mais detalhada, suspendemos os pagamentos a empresa. Ou a Concrejato/concremat passa a cumprir as leis e respeita a vida ou as obras continuarão com outra empresa!”, declarou o prefeito.

A Concrejato venceu a licitação em junho. A empresa já esteve envolvida em outra polêmica com a prefeitura por causa Ciclovia Tim Maia, da qual particpou das obras. Inaugurada em janeiro de 2016, a ciclovia desabou parte de sua estruturar em abril do mesmo ano, deixando dois mortos. Novos desabamentos foram registrados nos anos seguintes.

As obras de revitalização do prédio da Estação Leopoldina, conhecido como Estação Barão de Mauá, que pertence à União, se destinam à transformar o local em um espaço de múltiplo uso, com ocupação habitacional e equipamentos sociais. A região também abrigará a Fábrica de Samba, com galpões da série Ouro.

 

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