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TRE do Rio forma maioria para tornar Crivella inelegível até 2026

Folhapress / Andre Melo Andrade/Immagini -
Crivella tem sido pivô de uma série de polêmicas
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Macaque in the trees
Crivella tem sido pivô de uma série de polêmicas (Foto: Folhapress / Andre Melo Andrade/Immagini)
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro formou maioria nessa segunda (21) a favor da inelegibilidade do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) para as eleições municipais deste ano.

A decisão foi adiada após um dos desembargadores pedir vistas. O julgamento volta na quinta-feira (24), quando a decisão final deve ser anunciada.

No total, seis dos sete desembargadores votaram contra Crivella. Caso condenado, Crivella ficará inelegível até 2026. O prefeito poderá participar das eleições até que os recursos na Justiça sejam esgotados. O relator do caso, o desembargador Cláudio Dell'Orto, afirmou ainda que não cabe a cassação de Crivella.

O atual prefeito do Rio de Janeiro é candidato à reeleição e, através de sua assessoria, afirmou que pretende recorrer da decisão e participar do pleito, conforme publicou o portal G1. Além de tornar Crivella inelegível, a ação impõe multa de R$ 106 mil ao prefeito.

A ação, movida pelo PSOL e pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) acusa o prefeito de abuso de poder durante a campanha eleitoral de 2018.

À época, o prefeito promoveu um evento com funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) no qual seu filho, Marcelo Hodge Crivella, foi anunciado como pré-candidato a deputado federal. Os funcionários da Comlurb foram levados até o local, a quadra da escola de samba Estácio de Sá, usando carros oficiais da prefeitura. No evento, o prefeito discursou e pediu votos para seu filho - que não conseguiu se eleger.

Além desse primeiro caso, o Ministério Público Eleitoral também pediu a condenação do prefeito carioca por participar de um evento no Palácio da Cidade com 250 líderes evangélicos no mesmo ano, no qual Crivella recomendou que as lideranças procurassem dois funcionários da prefeitura caso tivessem fiéis que precisassem de cirurgias nos olhos.

Crivella tem sido pivô de uma série de polêmicas. Recentemente, o prefeito foi acusado de organizar grupos de funcionários pagos com dinheiro público para agredir repórteres durante reportagens que pudessem atingir seu governo. O episódio ficou conhecido como "Guardiões do Crivella" e gerou um pedido de impeachment que foi rejeitado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro no início de setembro.(Com agência Sputnik Brasil)