ARTIGOS

Razão entre cidadãos

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Por TARCISIO PADILHA JUNIOR
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Publicado em 13/01/2022 às 10:37

Alterado em 13/01/2022 às 10:37

Deitou-se vinho novo
naqueles odres velhos.
                                                Raymundo Faoro

 

Por longo tempo, a sociedade foi concebida como corpo encarnado na população, cuja cabeça eram os dirigentes. Imaginando a sociedade como uma máquina social, os regimes totalitários do século XX levaram ao crime esta lógica.

Democracia liberal postula a existência de esfera política, aposta que razão é repartida igualmente entre cidadãos.

Para nossos líderes, não importa o que fatos empíricos revelam, são encaixados convenientemente nas suas visões. Com grande frequência, tais visões geram políticas por objetivos proclamados, não por mecanismos institucionais específicos.

Evoluções acontecem a partir de interações sistêmicas entre milhões de indivíduos ao longo de muitas gerações. Confiança em processos sistêmicos realmente significa reconhecer severa limitação de conhecimento em qualquer indivíduo.

Resultados sistêmicos das interações de mercado são, em geral, mais satisfatórios que imposição governamental. Qualquer discussão racional sobre mudanças a serem consideradas deve ser levada a efeito no contexto do diálogo aberto.

É preciso tratar da organização de nossa sociedade com moderação e prudência, pois inexiste centro institucional.

A evolução dos circuitos de poder em instituições políticas está bastante atrasada em relação às empresas privadas. Rápidas para captar as consequências da globalização, estas empresas se adaptam melhor à fluidez dos circuitos de informação.

Engenheiro, é autor de "Por Inteiro" (Multifoco, 2019)

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