ARTIGOS

A opção entre o presente e o futuro

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Por TARCISIO PADILHA JUNIOR
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Publicado em 24/11/2021 às 11:16

Alterado em 24/11/2021 às 11:18

A verdade dos fatos
é inimiga de dogmas
                                   Thomas Sowell (2009)

 

Trezentos e dois votos (59% do total) na Câmara, 67 votos no Senado (83% do total): eleições para presidente em fevereiro de 2021.

O poder de que desfrutam hoje depende de arranjos que lhes deram origem, demonstram não ter capacidade de renovação.

A lógica da funcionalidade irremediavelmente supõe que a formação de eventual maioria está adstrita à utilidade. A opção entre o presente e o futuro, nos dias que correm, não pode mais ser reduzida a uma lógica estritamente funcional.

O Estado necessita da máxima extensão de confiança recíproca que de fato se pode estabelecer entre os cidadãos. E portanto da eliminação tão completa quanto possível da estratégia da simulação e do engano, recorrente hoje em política.

A tradição política consagra determinados procedimentos que criam estruturas em que discordâncias podem ser negociadas.

Na sociedade política, há limites ao exercício da liberdade, uma vez que relações sociais são governadas pela lei. Em estrita observância à lei, atitudes e instituições asseguram que a liberdade seja realmente benéfica para toda a população.

O Estado, longe de se ver dispensado de suas responsabilidades políticas, deve assumir o caráter político de suas escolhas.

Engenheiro, é autor de "Por Inteiro" (Multifoco, 2019)

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