JUSTIÇA
Bolsonaro vai ao STF contra Moraes por ‘abuso de autoridade’ e ‘ataque à democracia’
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 18/05/2022 às 09:30
Alterado em 18/05/2022 às 09:38
Eduardo Gayer e Rayssa Motta - O presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes, que integra a Corte, por abuso de autoridade. Em nota informal distribuída a aliados, não divulgada pelo governo ou nas redes sociais do presidente, o chefe do Executivo diz que o magistrado comete abuso de autoridade e ataca a democracia. Ampliando o tom da crise entre os poderes, Bolsonaro cobra a abertura de uma investigação para apurar a conduta do ministro do STF.
Pessoal, não entrem nessa que a ação do Bolsonaro tem como estratégia deixar o Alexandre de Moraes suspeito ou impedido de julgar alguma coisa.
— Augusto de Arruda Botelho (@augustodeAB) May 18, 2022
Juridicamente não é assim que funciona.
Sem participação da Advocacia-Geral da União, a peça é assinada pelo advogado Eduardo Magalhães. Moraes é relator das investigações mais sensíveis contra o Planalto, como os inquéritos das fake news e das milícias digitais.
Bolsonaro afirma ainda que Moraes desrespeita a Constituição e despreza garantias aos direitos fundamentais. (Agência Estado)
Leia a nota na íntegra:
"Ajuizei ação no STF contra o Ministro Alexandre de Moraes por abuso de autoridade, levando-se em conta seus sucessivos ataques à Democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos garantias fundamentais:
1- Injustificada investigação no inquérito das Fake News, quer pelo seu exagerado prazo, quer pela ausência de fato ilícito;
2- Por não permitir que a defesa tenha acesso aos autos;
3- O inquérito das Fake News não respeita o contraditório;
4- Decretar contra investigados medidas não previstas no Código de Processo Penal, contrariando o Marco Civil da Internet; e
5- Mesmo após a PF ter concluído que o Presidente da República não cometeu crime em sua live, sobre as urnas eletrônicas, o ministro insiste em mantê-lo como investigado.
Presidente Jair Bolsonaro"