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STF alivia o caixa 2 de Onyx, o honesto, com bênção da PGR bolsonarista

A moça que roubou um tablete de manteiga ainda está presa?

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Publicado em 22/02/2021 às 07:52

Alterado em 22/02/2021 às 08:15

Onyx: caixa 2 de bolsonarista é honra Marcelo Camargo/Agência Brasil

O atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República fez um acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser responsabilizado criminalmente, comprometendo-se a pagar a multa.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de não persecução penal assinado entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e Onyx Lorenzoni (DEM), atualmente ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Onyx confessou ter recebido dinheiro ilegal da empresa JBS, como caixa dois de campanha, em 2012 e em 2014. A quantia repassada foi de R$ 300 mil, o equivalente a R$ 437 mil atualmente, com a correção da inflação.

O ministro fez um acordo com a PGR para não ser responsabilizado criminalmente e, assim, se comprometeu a pagar uma multa de R$ 189 mil.

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Marco Aurélio Mello (Foto: Agência Brasil)

"Fiquei vencido, e acabou suplantada a questão da declinação [da investigação para a Justiça Eleitoral]. Então, tive de enfrentar a questão", afirmou Mello ao jornal. "Não posso obrigar o Ministério Público a propor uma ação. Se ele diz que quer fazer um acordo, é preciso segui-lo."

Os acordos de não persecução penal foram regulamentados pela Lei Anticrime, de 2019, elaborada a partir de proposta do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

O objetivo da lei é evitar acúmulos de processos envolvendo crimes não violentos e de pena baixa, ou seja, inferior a quatro anos de prisão.

Onyx está em seu terceiro posto no governo de Jair Bolsonaro. Ele foi ministro da Casa Civil no começo do mandato e, antes de chegar à Secretaria-Geral da Presidência, era o responsável pelo Ministério da Cidadania.(com agência Sputnik Brasil)