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A dança dos generais, na Petrobras e em Itaipu

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Por GILBERTO MENEZES CÔRTES, [email protected]
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Publicado em 19/02/2021 às 21:38

Alterado em 22/02/2021 às 21:54

A forma da comunicação da futura saída de Castello Branco, por twitter, deixou Paulo Guedes acabrunhado REUTERS/Adriano Machado

Com a indicação do general Joaquim de Silva e Luna, que era Diretor-Geral da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar do economista Roberto Castello Branco, o presidente Jair Bolsonaro vai nomear outro estrelado para comandar a maior usina hidrelétrica do Hemisfério Sul: o general João Francisco Ferreira.

Itaipu era um cargo aspirado pelo Centrão, mas Bolsonaro cortou as pretensões, ampliando o leque de generais em postos chaves de seu governo. Natural de Campo Grande, Ferreira deixa o comando do Exército do Centro-Oeste para faturar quase R$ 150 mensais em um dos mais cobiçados cargos da República – pago em dólar. O ex-deputado e ministro de Temer, Carlos Marun, deve permanecer entre os conselheiros.

Guedes sente o golpe

Silva e Luna não tem experiência em petróleo e gás – o que também não era o forte de Castello Branco. Economista, formado em Chicago junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Castello Branco foi diretor da Vale por quase uma década, na gestão de Roger Agnelli, e a empresa chegou a entrar no ramo de petróleo e gás mas se retirou a tempo. Mas não teve habilidade para evitar de jogar gasolina na fogueira do desgaste do governo Bolsonaro com sucessivos reajustes dos combustíveis.

A forma da comunicação da futura saída de Castello Branco, por twitter, deixou seu amigo Paulo Guedes acabrunhado. Em uma reunião hoje, em Brasília, ficou quase o tempo todo mudo.

Está prevendo novos ataques à política liberal à política liberal que fracassou em quase todas as frentes.

No Banco do Brasil, o fogo abrandou, mas ainda há brasa sob as cinzas da saída abortada de André Brandão.