MUNDO
Vice-premiê da Itália chama situação em Gaza de 'carnificina'
Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 11/08/2025 às 08:23

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou neste domingo (10) que Israel precisa parar "esta carnificina" em andamento na Faixa de Gaza.
A declaração foi dada ao jornal "Il Messaggero" após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciar sua intenção de ocupar totalmente o enclave palestino.
"Esta carnificina não pode continuar. E a invasão de Gaza corre o risco de se transformar em um Vietnã para os soldados israelenses", afirmou ele.
Segundo o chanceler italiano, é preciso "uma missão da ONU liderada por árabes para reunificar o Estado Palestino" e a "Itália está pronta para participar".
Para Tajani, a diplomacia "ajuda a pressionar" e, por isso, o governo italiano é "a favor do aumento das sanções europeias contra os colonos israelenses violentos".
"Lembro que, desde 7 de outubro, há dois anos, a Itália não vende armas a Israel. A situação em Gaza é catastrófica", afirmou.
Por fim, o chanceler italiano enfatizou que, ontem (9), a Força Aérea do país realizou o primeiro lançamento aéreo de ajuda para a Faixa de Gaza, após o auxílio entregue em colaboração com os Emirados Árabes Unidos".
De acordo com Tajani, "a Itália, por meio da 'Operação Food for Gaza', permitiu a entrada de comboios do Programa Mundial de Alimentos" e, "esta semana, mais 50 palestinos chegarão ao país, incluindo cerca de 20 crianças, para serem internados em nossos melhores hospitais".
Falando sobre os que classificam de genocídio o que está acontecendo na Faixa de Gaza, o vice-premiê afirmou que "não há dúvida sobre isso", mas prefere se "concentrar na substância". "Slogans são de pouca utilidade".
Em relação à Ucrânia, Tajani explicou que "algumas demandas russas parecem inaceitáveis, como a imposição da língua russa nos territórios ocupados ou reivindicações territoriais inaceitáveis".
"Não podemos confiar em promessas. É por isso que a dissuasão é essencial. Lembremos que a Ucrânia possui atualmente um dos exércitos mais fortes do mundo. Qualquer pedido russo de desmilitarização do Estado ucraniano é inaceitável", concluiu. (com Ansa)