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Macron afirma que França reconhecerá Estado da Palestina

Anúncio do presidente foi criticado pelo premiê de Israel

Por JB INTERNACIONAL
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Publicado em 24/07/2025 às 19:05

Alterado em 24/07/2025 às 19:37

Emmanuel Macron Foto: Omer Messinger/EFE

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (24) que o seu país vai reconhecer a Palestina como um Estado.

Em uma publicação nas redes sociais, o mandatário declarou que formalizará a ação durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), agendada para setembro.

"Em consonância com seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina.

A prioridade urgente hoje é acabar com a guerra em Gaza e levar alívio à população civil. A paz é possível", escreveu o líder francês.

"Precisamos de um cessar-fogo imediato, da libertação de todos os reféns e de ajuda humanitária maciça para o povo de Gaza. Devemos também garantir a desmilitarização do Hamas, proteger e reconstruir Gaza. E, finalmente, devemos construir o Estado da Palestina, garantir sua viabilidade e assegurar que, ao aceitar sua desmilitarização e reconhecer plenamente Israel, contribua para a segurança de todos na região. Não há alternativa", acrescentou.

A decisão de Macron, no entanto, foi criticada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. "Condenamos veementemente a decisão de Macron de reconhecer um Estado palestino vizinho a Tel Aviv após o massacre de 7 de outubro. Tal medida recompensa o terror e corre o risco de criar outro representante iraniano, assim como aconteceu com Gaza", declarou.

O Hamas, por sua vez, mencionou que a ação do mandatário francês foi um "passo positivo".

Atualmente, mais de 140 nações reconhecem o Estado da Palestina, incluindo o Brasil. Em contrapartida, nenhum dos integrantes do G7 (EUA, Canadá, França, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão) adotaram essa ação até o momento.

Líderes europeus realizarão 'ligação de emergência' sobre Gaza
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou nesta quinta-feira (24) que Alemanha, França e Reino Unido realizarão uma "ligação de emergência" sobre a situação na Faixa de Gaza na próxima sexta-feira (25).

Os líderes dos três países europeus vão conversar pouco tempo depois de Estados Unidos e Israel retirarem suas equipes de negociação de Doha, no Catar, culpando o grupo fundamentalista islâmico Hamas.

Ao anunciar a reunião, Starmer declarou que o "sofrimento e a fome" que a população civil do enclave palestino está passando "são indefensáveis".

"Vamos discutir medidas que podem ser tomadas com urgência para interromper os massacres e fornecer à população os alimentos de que ela desesperadamente necessita", explicou o chefe de governo britânico.

Starmer também reiterou a necessidade de um cessar-fogo em Gaza que possa colocar todos "no caminho do reconhecimento de um Estado palestino".

Enquanto isso, os EUA disseram que não participarão da próxima conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a solução de dois Estados. (com Ansa)

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