MUNDO
Multidão recebe palestinas libertadas por Israel; Biden diz que 'é só o começo''
Por JB INTERNACIONAL
[email protected]
Publicado em 24/11/2023 às 19:06
Alterado em 24/11/2023 às 19:08

Um mar de pessoas recebeu as palestinas libertadas nesta sexta-feira (24) pelas prisões israelenses quando chegaram, a bordo de um ônibus da Cruz Vermelha, no posto de controle de Bitunya (Ramallah).
Centenas de manifestantes entoaram "Gaza, Gaza" e também slogans em apoio à ala militar do Hamas.
Posteriormente, elas seguiram para suas casas em várias cidades da Cisjordânia. Uma manifestação de boas-vindas foi organizada para elas em Nablus.
Expressões de alegria também ocorreram em Jerusalém Oriental, no bairro de Beit Hanina, com a chegada de seis ex-detentas libertadas pela polícia israelense.
Biden diz que liberação de reféns 'é só o começo'
Ao falar sobre as primeiras libertações de reféns do Hamas nesta sexta-feira (24), o presidente americano, Joe Biden, afirmou que "é apenas o começo".
"Esperamos que outros sejam libertados amanhã e depois de amanhã", disse o presidente, lembrando que uma menina americana de 4 anos, Abigail, ainda está nas mãos do Hamas, assim como duas mulheres.
"A solução de dois Estados no Oriente Médio é agora mais importante do que nunca", enfatizou, destacando a necessidade de trabalhar para um futuro em que "esse tipo de violência seja impensável".
Para ele, "as chances de estender a trégua em Gaza são reais".
Palestina solta relata ter sofrido retaliação de Israel
Uma das prisioneiras palestinas libertadas por Israel como parte do acordo com o Hamas, Zeina Abdo, relatou ter sofrido retaliações após os ataques de 7 de outubro.
"Após 7 de outubro, as autoridades israelenses nos agrediram, nos lançaram gás lacrimogêneo e todos nós fomos colocados em isolamento", afirmou.
Ela tinha 16 anos quando foi colocada em prisão domiciliar antes de ser transferida para a prisão de Ofer, na Cisjordânia.
Agora, com 18 anos, ela declarou à Al Jazeera ter sido "agredida e colocada em isolamento" após o dia do ataque do Hamas.
Quatro alemães
Entre os reféns libertados há quatro pessoas que, segundo suas famílias, possuem tanto a cidadania israelense quanto a alemã.
De acordo com o Bild, as reféns com cidadania alemã são todas mulheres: "Doron Asher Katz (34 anos) e suas filhas Raz (4 anos) e Aviv (2 anos), além de Margalit Berta Mozes (79 anos). Todas as quatro foram sequestradas do kibbutz Nir Oz".
Itália obtém primeiras autorizações para montar hospital em Gaza
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta sexta-feira que seu governo já conseguiu as primeiras autorizações para montar um hospital de campanha na Faixa de Gaza.
"Há boas notícias para o nosso hospital de campanha em Gaza", afirmou ele durante evento do seu partido, o conservador Força Itália (FI), no Palazzo Pirelli, em Milão.
Segundo Tajani, o governo italiano já começou a obter as primeiras aprovações para a construção do centro médico.
"Ele se juntará ao navio-hospital para ajudar os feridos", anunciou.
Recentemente, a Marinha da Itália chegou a mandar um navio equipado com hospital e salas operatórias para atender civis feridos no enclave palestino. Além disso, ajudas humanitárias, principalmente itens de primeira necessidade, foram enviadas para a população local.
"Esperamos que possa entrar tanta ajuda humanitária quanto possível", afirmou o vice-premiê.
Por fim, Tajani classificou como uma "boa notícia" a troca de prisioneiros e reféns entre Israel e Hamas, enfatizando que espera que esse movimento "possa ser o início de uma nova fase que permita à população civil respirar aliviada".
"Precisamos então pensar sobre qual será o futuro da Faixa de Gaza. A Itália tem algumas ideias e há muitas propostas. Naturalmente o Hamas deve ser removido de Gaza e todas as suas bases devem ser destruídas sem afetar a população civil", concluiu. (com Ansa)