

A pesquisa publicada na revista Nature, mostra que os neurônios de projeção são danificados pelas próprias células do sistema imunológico do corpo, e que esse dano poderia sustentar o encolhimento do cérebro e as alterações cognitivas associadas à EM.
Estas novas descobertas fornecem uma plataforma para novas terapias específicas que visam desenvolvimento de células cerebrais danificadas.
A esclerose múltipla é uma doença do cérebro e da medula espinal que afeta mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.
Os sintomas potenciais da EM são amplos e podem incluir problemas de visão, movimento e habilidades cognitivas.
Pesquisas anteriores mostraram que uma região do cérebro chamada córtex encolhe com o tempo em pacientes com EM, conhecida como atrofia cortical.

Em um novo estudo internacional da Universidade de Cambridge, Universidade de Heidelberg e Universidade da Califórnia, os pesquisadores usaram amostras de cérebros humanos post-mortem de pacientes com esclerose múltipla para estudar células implicadas na doença e comparar com células saudáveis.
Os resultados mostraram que um tipo particular de célula nervosa chamada "neurônios de projeção" era particularmente vulnerável a danos no cérebro de pacientes com EM.
Em pessoas saudáveis, esses neurônios de projeção estão envolvidos na comunicação de informações entre diferentes áreas do cérebro. Portanto, é possível que o dano a essas células possa afetar as habilidades cognitivas em pacientes com EM. Além disso, a perda desses tipos específicos de células ajuda a explicar por que os cérebros dos pacientes com esclerose múltipla diminuem com o tempo (quanto mais células são danificadas e perdidas, menos espaço o cérebro ocupa).

Os pesquisadores também mostraram que as células imunes no cérebro de pacientes com esclerose múltipla estavam atacando os neurônios de projeção e causando estresse e danos celulares.
Isto sugere que as terapias celulares que visam estas células imunitárias poderiam proteger os neurônios de projeção e proporcionar um novo tratamento para a EM progressiva.
É um avanço empolgante que atesta a importância de ferramentas genéticas de ponta no entendimento de doenças cerebrais.
Fonte:ScienceDaily.