INFORME CRIPTO - TUDO SOBRE CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas no Brasil movimentam US$ 318 bi e colocam o país entre os 5 maiores do mundo
Por JB CRIPTO
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Publicado em 06/11/2025 às 15:43
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O mercado de ativos digitais brasileiro alcançou um patamar histórico ao atingir cerca de US$ 318 bilhões em volume negociado entre 2024 e 2025. Mais de 90% dessa quantia está concentrada em stablecoins, impulsionadas por remessas internacionais e pela busca de proteção contra a inflação.
Com o avanço das fintechs e o fortalecimento da bancarização digital, o Brasil consolida-se entre os cinco maiores mercados de criptomoedas do mundo, evidenciando a importância de um debate sobre regulação equilibrada, inovação tecnológica e segurança financeira.
Expansão do ecossistema e surgimento de novas tendências
O rápido amadurecimento do setor digital brasileiro criou terreno fértil para inovações baseadas em blockchain, exchanges e soluções descentralizadas. Essa dinâmica é observada também em ambientes focados em tecnologia financeira, onde experiências semelhantes às proporcionadas por novas criptomoedas ilustram como segurança, transparência e interoperabilidade se tornaram pilares fundamentais. A diversificação de tokens, o aumento da liquidez em carteiras digitais e o avanço das plataformas de negociação moldam um mercado cada vez mais complexo.
Termos como criptoativos emergentes, transações em exchanges e contratos inteligentes passaram a integrar o vocabulário cotidiano de investidores e desenvolvedores brasileiros.
Influência das stablecoins e o papel das remessas internacionais
Entre os aspectos mais relevantes do crescimento cripto no Brasil está o uso massivo das stablecoins, que representam mais de 90% do volume total movimentado. Esses ativos, lastreados em moedas fiduciárias estáveis, são utilizados sobretudo para envio e recebimento de valores do exterior.
Dada a volatilidade do real frente ao dólar, as stablecoins oferecem ganho de previsibilidade, protegendo famílias e empresas. Fintechs nacionais começaram a integrar a conversão automática de moedas digitais em contas multimoeda, reduzindo custos e simplificando processos. O movimento também atraiu a atenção do Banco Central, que avalia parâmetros técnicos para garantir rastreabilidade sem sufocar a competitividade.
Aproximação entre finanças tradicionais e o universo cripto
A crescente interação entre bancos, gestoras e startups contribui para um ecossistema de convergência entre finanças tradicionais e ativos digitais. Fundos de investimento estruturados em tokens passaram a fazer parte de carteiras de grandes instituições, abrindo espaço para produtos regulados.
Além disso, corretoras que antes se restringiam a renda fixa ou variável começaram a oferecer opções em criptoativos, adaptando setores inteiros à realidade blockchain. Essa integração exige novos modelos de compliance, cibersegurança e auditoria, fundamentais para atender exigências internacionais de combate à lavagem de dinheiro e à evasão fiscal. O resultado é uma aproximação inédita entre tecnologia e prudência fiscal.
Regulação e desafios para o Estado brasileiro
O avanço da digitalização econômica impõe ao governo o desafio de criar um marco regulatório claro e funcional. O Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários e a Receita Federal atuam conjuntamente na definição de parâmetros que assegurem estabilidade financeira e proteção ao investidor.
Projetos de lei em tramitação buscam classificar os ativos digitais em categorias distintas, permitindo que tokens utilitários, stablecoins e moedas virtuais tenham tratamentos adequados.
Essa diferenciação deve simplificar a tributação e coibir fraudes. Entretanto, a rapidez com que as inovações surgem desafia qualquer tentativa de normatização. O equilíbrio entre liberdade econômica e controle estatal tornou-se a principal questão para os próximos anos.
Interesse institucional e comportamento dos investidores
Grandes corporações e fundos institucionais brasileiros começaram a incluir parcelas significativas de ativos digitais em seus portfólios, enxergando neles uma classe alternativa de proteção. Segmentos de infraestrutura, agronegócio e energia também exploram a tokenização de contratos e de créditos de produção.
Para o investidor pessoa física, o fenômeno ganhou contornos de popularização: a entrada em plataformas digitais é simples, e os custos operacionais são reduzidos.
A educação financeira sobre esse tipo de investimento, contudo, permanece desigual. Parte do público busca ganhos rápidos, enquanto outra parcela enxerga valor na descentralização e na autonomia sobre o próprio patrimônio. Essa dualidade molda a dinâmica do mercado e influencia a volatilidade momentânea de preços.
Inovação tecnológica e sustentabilidade do ecossistema
O impacto ambiental da mineração de criptomoedas, antes uma das críticas mais recorrentes, têm sido atenuado pelo uso de fontes renováveis e pela migração para protocolos de menor consumo energético. Soluções em “proof of stake” ganharam espaço e reduziram significativamente o gasto de eletricidade em transações. No Brasil, regiões com excedentes de energia solar e eólica passaram a atrair operadores focados na sustentabilidade do blockchain.
Além disso, projetos de pesquisa em universidades investigam formas de integrar tecnologias descentralizadas à gestão pública, desde certificação de documentos até rastreamento de cadeias de suprimentos. Essas iniciativas demonstram que a maturidade do setor depende não apenas de liquidez e volume, mas também de responsabilidade ambiental e social.
Perspectivas para 2026 e além
Com o Brasil consolidado entre os maiores mercados de criptomoedas do mundo, o horizonte de 2026 revela uma agenda intensa. Prevê-se a expansão do real digital, em fase de testes, e sua interação com plataformas privadas. Essa integração poderá modificar a forma como pagamentos e contratos são processados, reduzindo fricções entre sistemas tradicionais e descentralizados.
O nível de adoção por diferentes faixas da população tende a crescer à medida que a educação digital avance. A participação de cooperativas financeiras e bancos comunitários em projetos de tokenização regional amplia o alcance de serviços antes restritos a grandes polos urbanos. A infraestrutura regulatória, por sua vez, será determinante para garantir estabilidade em meio à inovação contínua, reforçando o papel estratégico das criptomoedas na economia nacional.