ECONOMIA

FAB e BNDES fecham acordo para permutar grande área no Porto de Santos com empresa de terminal privado

A ideia é que o locatário do terreno não pague o aluguel em dinheiro, mas sim em prestação de serviços de engenharia e manutenção em outras bases operacionais da Força Aérea

Por ECONOMIA JB

Publicado em 30/06/2022 às 11:38

Alterado em 01/07/2022 às 12:39

Contêineres para exportação no Porto de Santos Foto: Folhapress / Bruno Santos

Em uma ação um pouco incomum, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o BNDES firmaram uma parceria para FAB ceder parte de sua base área no Porto de Santos para a construção de um novo terminal portuário no local. 

O objetivo da FAB não é vender a área, mas alugar por longo prazo, a partir do momento que o objetivo é que o terreno dê lugar a um terminal de uso privado.

Em troca, o novo arrendatário terá que prestar serviços de engenharia para instituição militar, por exemplo, contratando obras e reformas a serem feitas em outras bases operacionais da Força Aérea, como pistas de pouso e decolagem, prédios que abrigam os militares etc. A notícia foi publicada no jornal "Valor Econômico".

Trata-se de um território grande, de 600 mil m², com acesso ao estuário do porto e um espaço de retroárea para armazenagem. Porém, a escolha da empresa que ficará com o local será feita por meio de concorrência pública.

A expectativa é que o leilão seja realizado no segundo semestre de 2023, segundo Osmar Lima, chefe de Departamento da Área de Desestatização do BNDES, em caso de haver reeleição do presidente Bolsonaro.

"Vários grupos logísticos já manifestaram interesse e pensaram em projetos para o local. A demanda não será um problema", afirmou Lima.

O jornal relata que o "aluguel" da área foi pensando dessa maneira para garantir o aproveitamento dos recursos pela própria FAB, visto que caso o pagamento fosse feito em dinheiro, o valor seguiria para o caixa geral do governo.

Em uma avaliação preliminar, foi identificado potencial para um terminal de granéis sólidos ou de granéis líquidos. Porém, os estudos para encontrar essa vocação do terreno serão aprofundados a partir de agora para que a concorrência seja realizada no segundo semestre do próximo ano.

Pelo porte do ativo em Santos, a previsão é de que serão realizadas audiências públicas para debater o assunto. (com agência Sputnik Brasil)

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