Streaming, Cinema

Por Tom Leão

nacovadoleao.blogspot.com.br

TOM LEÃO

As mulheres matam. E a gente se diverte

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Publicado em 26/03/2021 às 08:18

Alterado em 26/03/2021 às 08:18

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A série mais bacana da última semana não foi lançada pela Netflix, Amazon ou AppleTV; e nem esteve nos trending topics ou hypes de internet. Sequer é nova. “Por que as Mulheres Matam” (“Why Women Kill”, 2019) foi lançada nos EUA pela plataforma CBS All Access (atualmente, absorvida pelo Paramount+) e aqui chegou discretamente, faz pouco tempo, no Globoplay, sem nenhum alarde ou campanha publicitária para chamar a atenção.

A série de Marc Cherry (o criador da longeva série de sucesso “Desperate Housewives”, que teve oito temporadas e foi ao ar entre 2004 e 2012, inclusive no Brasil) também mostra donas de casa mais ou menos desesperadas, em subúrbio americano de classe média alta. Neste caso, acompanhamos as rotinas de três mulheres em três tempos diferentes ao mesmo tempo: uma dona de casa nos anos 1960 (Giniffer Goodwin, de “Big Love”), uma dondoca nos anos 80 (Lucy Liu, de “As Panteras”) e uma advogada liberada (Kirby Howell-Baptiste), nos dias atuais. Todas lidando com as infidelidades de seus maridos, em diferentes graus.

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Why Women Kill se passa na mesma casa em três épocas diferentes (Foto: Foto: divulgação)

O cenário em comum a todas é a mesma casa, que vai passando por diferentes estilos de decoração ao longo das décadas. A diferença é como cada mulher lida com a infidelidade, de acordo com seu tempo. Nos anos 60, Beth Ann (Goodwin), a dona de casa padrão, descobre que seu marido tem um caso com uma garçonete. E quando vai confrontá-la acaba ficando amiga da rival (a fofa Sadie Calvano), que é muito gente boa. Nos 80, a socialite Simone (Liu) descobre que o marido (Jack Davenport) é homossexual, em pleno auge da aids. E nos tempos modernos, a advogada Taylor (Kirby) tem uma relação poliamorosa, com seu marido Eli (Reid Scott, de “VEEP”) e uma bela moça, Jade (Alexandra Daddario).

É interessante como as três tramas se passam ao mesmo tempo, na mesma casa (o roteiro de Cherry é primoroso e muito bem amarrado), sem nos confundir. Apenas com mudanças de hábitos e de costumes. As mulheres podem até ter evoluído, nestes 50 anos. Mas ainda tratam a infidelidade da mesma forma. A boa mistura de drama, comédia e humor negro - além das atuações no tom - faz tudo funcionar muito bem. E nos prende por 10 capítulos, sem cansar. Teremos mais?


STREAMINGS

* A estreia do filme “Liga da Justiça de Zack Snyder” chegou ao NOW na última quinta-feira (18) e já se tornou um dos maiores sucessos de vendas no streaming da Claro. O filme de 4 horas teve uma performance de 140% a mais do que o último filme de sucesso da plataforma, “Mulher Maravilha 1984”.

* UOL Play é um novo serviço que oferece canais diversos por pacotes ou a la carte, ao vivo ou on-demand, que podem ser acessados pelo app, via PC ou celular, em três planos diferentes, que vão de R$ 15,90 a R$ 69,90/mês. A oferta, por enquanto, é pouca. Mas vai aumentar. É a TV a cabo com outra cara.

* Os modelos de TVs mais recentes da LG, que rodam a plataforma WebOS, começaram a receber, na última atualização, os LG Channels, presentes até então apenas nos modelos mais caros e de ponta. São 46 canais diversos (como uma Pluto TV), oferecendo filmes, noticias, comédias etc, em inglês, português e espanhol, fornecidos pela plataforma Xumo.

* A 20 edição do Festival Ziriguidum em Casa acontece no sábado, dia 27/03, às 20h, e vai festejar os 70 anos de carreira da cantora Dóris Monteiro. No canal de Ziriguidum no Youtube.