Saúde & Alimentação

Por Wilson Rondó Júnior

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SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

Salmão de cativeiro: um pesadelo ambiental e nutricional

Publicado em 19/08/2024 às 06:03

Alterado em 19/08/2024 às 12:28

Os especialistas ambientais têm alertado com frequência sobre a insustentabilidade das fazendas de criação de peixes há mais de uma década, mas nada tem sido feito para melhorar isso.

Muitas pessoas não acham que só salmão rotulado como do Alaska, realmente não é de cativeiro. É incrível como o Alaska protege sua marca quando se fala de frutos do mar e fazem um excelente trabalho para garantir qualidade e sustentabilidade.

O resto do salmão que consumimos, com certeza, é de cativeiro.

Consequências para a saúde

A dra. Anne – Lise Birch Monser, da University of Bergen, Noruega, alerta sobre os altos níveis de contaminantes nas fazendas e criatórios de salmão. Os contaminantes em questão se originam no salmão selvagem, que está sujeito à poluição. Estes contaminantes tóxicos ambientais ligam as moléculas de gordura em peixes selvagens, e quando estes peixes são moídos para uso em farinha de peixe, juntamente com o óleo de peixe rico em gordura, estas moléculas podem entrar em seu corpo, onde eles se ligam às suas células.

Enquanto isso, certamente, causa problemas de saúde para você, pode também colocar em risco a saúde de seu futuro bebê.

Quando você dá à luz, o seu corpo transfere até 90% das toxinas acumuladas no seu corpo para a sua criança nascida.

Mais toxina é expelida através do seu leite materno. Por isso, é fundamental evitar exposições tóxicas na infância e na idade adulta, para prevenir danos nas futuras gerações, assim como na sua própria vida.

De acordo com a Dra. Monser, não é recomendável a mulheres grávidas, crianças ou jovens consumir salmão de cativeiro. Não se sabe o quanto de toxina se está consumindo, e isso pode ter um efeito negativo no desenvolvimento cerebral, além de estar associado com autismo, síndromes de deficiência de atenção e redução de QI. Sabemos também que pode haver efeito negativo no seu sistema imunológico e metabolismo.

Redução do Ômega 3 no salmão de cativeiro

A concentração de Ômega 3, segundo estudos, chega a ser 50% menor em salmão de cativeiro, comparado com salmão selvagem.

Por outro lado, apresenta alta concentração de Ômega 6, causada pelo uso de alimentação de ração, que é feita de milho, soja e grãos
.
Apesar de ser um salmão mais rico em gordura, contém menos Omega 3, que é a gordura saudável, e menos proteína.

Apresentam baixo nível nutricional, com concentrações elevadas de antibióticos, químicos agressivos e substâncias tóxicas (como PCB’s, Dioxinas, Toxaphene, Dieldrin, Sulfato de cobre e Mercúrio). São criados em confinamento fechado, consumindo uma alimentação artificial, e constantemente expostos a seus próprios dejetos, o que significa exposição inevitável a químicos lesivos. Esses compostos se acumulam nos tecidos dos salmões e são transferidos para os humanos.

Pessoas que consomem salmão confinado apresentam maior risco de lesão de retina, câncer, resistência a antibióticos e comprometimento do sistema reprodutivo e outros órgãos.

Para sua segurança. procure consumir peixe selvagem. Tenha em mente que as doenças em animais é uma das principais fontes de epidemias em seres humanos. Portanto, a saúde dos animais é realmente fundamental.

Fazendas de confinamento aquático são terrenos férteis para a doença e resíduos tóxicos, e produzem alimento animal de qualidade inferior.

No presente, o ganho da indústria está sendo produzido sobre a saúde das pessoas e dos futuros bebês, e comida barata está sendo produzida às custas do ambiente e potencialmente de muitas vidas dos nossos descendentes.


Referência bibliografica:

- Aftenposten. June 10, 2013

- Salmon Farm Monitor. Feb 2006

- Puresalmon. Org

- Dagbladet.no . June 16, 2013

 

Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357

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