Saúde & Alimentação

Por Wilson Rondó Júnior

SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

Reverta o envelhecimento com meditação

Publicado em 25/09/2023 às 10:48

Alterado em 25/09/2023 às 10:48

Este mundo acelerado no qual estamos, de muitos desafios, tanto emocionais, psicológicos, como ambientais, acaba promovendo um aumento importante de estresse, o que acelera o processo de envelhecimento.

Tenho enfatizado a meus pacientes que uma das melhores maneiras de lidar com o estresse é a meditação.

E para isso você não precisa de mais que 10 minutos por dia para promover todos os benefícios, como:

- melhora o humor, otimismo e o estresse

- impacto importante na redução do risco de doenças cardiovasculares, pois promove melhoras em:

• Frequência cardíaca e pressão arterial
• LDL colesterol
• Nível de cortisol

E o que se descobriu recentemente é que a pratica de meditação promove telômeros significativamente mais longos.

Veja o que os estudos mostram:
Pesquisadores de Harvard mediram os telômeros em 37 mulheres que meditam e observaram aumento da telomerase.

Se você acompanha os meus artigos, sabe que os telômeros fazem parte dos seus cromossomos.
Eles são como as pequenas pontas de plástico em seus cadarços. Eles impedem que seu DNA se desfaça.
Naturalmente, cada vez que suas células se dividem, haverá encurtamento dos seus telômeros, com isso predispondo:

- Danos ao seu DNA
- Mal funcionamento celular
- Perda da capacidade de gerar novas células
- Envelhecimento precoce
- Aumento de risco de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, derrame, osteoporose, câncer e Alzheimer, à medida que seus telômeros ficam mais curtos.

Assim, a tendência é que você comece a parecer e se sentir como uma “pessoa velha”.
Portanto, manter os seus telômeros longos garante que as células se dividam de forma saudável e ajam como células jovens.

Você se sente jovem, com um coração saudável, sistema imunológico forte, pulmões poderosos, articulações sem dor e um cérebro afiado.

Ou seja, o segredo é controlar o comprimento de seus telômeros, e isso a meditação pode lhe ajudar.
Mais estudos confirmam isso, como você pode ver:

1. Durante 3 meses, 30 participantes meditaram por cerca de seis horas por dia. Paralelo a isso havia um grupo de controle que nada fez.

Conclusão: Os que meditaram tiveram níveis 30% mais altos de telomerase do que aqueles que não o fizeram.

Isso não quer dizer que o resultado só aparece com tantas horas de meditação.

2. Agora veja, neste outro estudo com 39 pessoas que meditaram 12 minutos diários por 2 meses. O grupo controle, não.

Nos que meditaram, a atividade de telomerase aumentou 43%, enquanto no grupo controle nada mudou.

Como meditar

Existem diversas maneiras de meditar. No começo, pode parecer algo difícil, mas com persistência se consegue sucesso.

Aconselho 10 minutos por dia.
Procure um ambiente tranquilo.
Sente-se em uma posição confortável com as costas retas (pode ser em uma cadeira).
Descanse as mãos no colo e feche os olhos.
Concentre-se no movimento de sua respiração.
Inspire silenciosamente contando até quatro.
Expire contando até oito.
Mantenha a sua atenção sempre na respiração.

Referencias bibliograficas:
- Psychoneuroendocrinology. 2011;36(5):664-81.
- Int J Geriatr Psychiatry. 2013; 28(1): 57–65.
www.drrondo.com/como-a-meditacao-protege-seu-coracao/

www.drrondo.com/4-maneiras-de-impulsionar-seus-telomeros/
www.drrondo.com/telomeros-mitocondrias-envelhecimento/
www.drrondo.com/metas-de-saude-telomeros/

Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357

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