Indo direto ao assunto eu lhe digo: depende...

O vinho é uma bebida alcoólica das mais antigas, consumido por mais de 8.000 anos e mencionado na bíblia. Ele que faz parte da cultura humana, da gastronomia e certamente é o centro das celebrações e da amizade.

Mas esse vinho a que me refiro é muito diferente da grande maioria do que temos acesso hoje, pois nos últimos 30 anos houve uma grande mudança na produção da bebida.

A imensa maioria deixou de ser algo artesanal, de pequena escala, e passou a ser um produto “industrializado”.

Isso permitiu uma maior produção, mais rápida e com preço bem mais acessível, só que trouxe junto efeitos colaterais que dificilmente existiam: alergias, dores de cabeça, gastrite, refluxo gástrico e a garantia de ressaca frequente.

O motivo disso é que as empresas vinícolas usam uma série de produtos químicos, como corantes, agentes aromatizantes e adoçantes, somados à presença frequente de resíduos de defensivos agrícolas.

Trata-se de um “blend” que garante que todos os vinhos sempre tenham a mesma identidade ao paladar, algo parecido com o que acontece com os sucos de laranja industrializados, que sempre apresentam o mesmo sabor, cor, doçura etc.

Está certo que o vinho se torna mais barato, mas traz consigo estas desvantagens... E pior, perde o seu efeito nutricional e até terapêutico.

E pasmem!

O vinho é o único grande grupo alimentar que dispensa informações nutricionais e de ingredientes que estão contidos em cada garrafa.

Só para você ter uma ideia, na América do Norte existem mais de 70 aditivos químicos legais aprovados pelo FDA para uso na fabricação de vinhos.

Agora veja algumas práticas questionáveis na sua produção:

- Corantes: Para garantir uma cor vermelha mais atraente.

- Lascas de carvalho e serragem: Para dar aquele sabor de carvalho sem o tempo adicional de envelhecimento real do barril de carvalho.

- Leveduras comerciais: Antigamente todos os vinhos eram fermentados com suas leveduras naturais, mas a maioria hoje não é assim. Usam-se leveduras comerciais para acelerar a fermentação.
- Enxofre (Sulfito): É adicionado como conservante e estabilizador.

- Açúcar: Adicionado para inibir a acidez subjacente das uvas, garantindo um produto que atende a maior parte do público em geral, que é um paladar mais doce.

- Pesticidas e herbicidas: A maioria dos vinhos não orgânicos contém vestígios de pesticidas, herbicidas e fungicidas. O Round-Up é o herbicida mais usado em vinhedos. Alguns desses compostos estão ligados ao câncer e podem interromper a função hormonal.

- Fitalatos: Os fitalatos são desreguladores endócrinos ligados a problemas de câncer e fertilidade.

- Irrigação: A irrigação artificial impede o crescimento das raízes e com isso promove na fruta mais açúcar e menor absorção de antioxidantes.

Felizmente ainda há produtores de vinhos honestos, que produzem vinhos verdadeiros feitos da forma tradicional, sem conter produtos adicionados.

E além disso, hoje ainda dispomos de uma outra saida, que são os vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais.

Certamente são vinhos que você percebe a diferença já no primeiro gole e que não vão lhe causar dores de cabeça, confusão mental, sono perturbado ou ressacas.

Mas lembre-se de consumi-los com moderação. Supersaúde!

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Referências bibliograficas:

•Lembra Quando o Vinho era Bom? – www.DrRondo.com
•Os poderes do vinho tinto – www.DrRondo.com
•Compartilhe o Amor: Abra uma Garrafa de Vinho Natural – www.DrRondo.com
•Uma taça de vinho pode proporcionar maravilhas, inclusive para o seu coração – www.DrRondo.com
•Uvas: Conheça Tudo o que elas têm a Oferecer – www.DrRondo.com
•J Biomed Biotechnol. 2004 Dec; 2004(5):239-240.
•Cell Metab. 2012 May 2;15(5):675-90.
•American Cancer Society, Arsenic
•AsianPac J Cancer Prev. 2014; 15(5): 2379-81
•Food Res Int. 2018;103:478-491

- www.drrondo.com/vinho-pode-proporcionar-maravilhas-para-o-coracao

- www.drrondo.com/uvas-conheca-tudo-o-que-elas-tem-a-oferecer

Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357