O Outro Lado da Moeda

Por Gilberto Menezes Côrtes

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O OUTRO LADO DA MOEDA

Presta atenção nos Serviços, em queda

Publicado em 14/08/2025 às 16:37

Alterado em 14/08/2025 às 16:37

Se há dois indicadores que funcionam como o verdadeiro termômetro do comportamento da economia e da sua tendência eles são os do segmento de Serviços (no PIB, a atividade representa 68% do valor produzido) e do consumo das famílias (63,8% da demanda total da economia).

Pois bem, a amostragem parcial do setor de serviços na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de junho do IBGE (que abrange menos da metade do segmento), mostrou variação positiva de 0,3% sobre maio. Mas a queda de 1,4% no consumo das famílias revela forte desaceleração do poder de compra dos consumidores. Os dados declinantes da inflação em julho e este mês, sobretudo nos alimentos, pode aliviar as despesas familiares. Mas nada capaz de mudar o quadro geral. Vejam as interpretações do Itaú:

Itaú: Serviços avançaram 1,1% t/t no 2º trimestre

Em junho, a receita real do setor de serviços subiu 0,3% m/m com ajuste sazonal (2,8% a/a), acima da nossa projeção (-0,3% m/m) e da mediana das expectativas do mercado (0,0% m/m). As maiores surpresas positivas foram em 'Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio' (3,0% a/a vs. 1,8% esperado) e 'Serviços profissionais, administrativos e complementares' (2,4% a/a vs. 1,5% esperado). Confira mais detalhes na tabela abaixo.

Apenas uma categorias avançou na margem ('Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio', com alta de 1,5% m/m), e os destaques negativos no mês ficaram com 'Serviços profissionais, administrativos e complementares' (-0,1% m/m) e 'Serviços de informação e comunicação' (-0,2% m/m).

No 2º trimestre do ano, o setor de serviços expandiu 1,1% t/t com ajuste sazonal, enquanto o segmento de serviços prestados às famílias expandiu 0,4%. Com o dado de hoje, o carrego estatístico para o 3T25 ficou em 0,3% (índice cheio) e -1,0% (serviços prestados às famílias).

O setor de serviços veio acima do esperado em junho. Olhando para a abertura, ‘Serviços de Transporte’, ‘Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares’ e ‘Serviços Prestados às Famílias’ surpreenderam positivamente, introduzindo um viés altista marginal para o nosso tracking do 2º trimestre. Apesar da surpresa positiva, a maioria dos segmentos apresentou queda na margem, reforçando nossa visão de desaceleração da atividade econômica ao longo do segundo trimestre.

Olha o exemplo do Perse
Esses programas de socorro emergencial sempre dão margem a invasões e fraudes. No Auxílio Emergencial da pandemia da Covid, pelo menos mais de 5 milhões não precisavam, de fato e uns dois milhões seguiram no programa, rebatizado de Bolsa Família.

Pior foi no programa de socorro ao setor de serviços e cultura. O Perse era para ter um saldo de R$ 10 bilhões, inflou pelo menos 50% para R$ 15 bilhões e, segundo o Secretário da Receita Federal, com os juros da dívida (o Perse foi bancado com endividamento do Tesouro) a despesa extrapolou para R$ 50 bilhões.

O socorro emergencial aos exportadores prejudicados pelo tarifaço americano tem orçamento de R$ 30 bilhões...

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