
IESA RODRIGUES
Arte, moda e táxis
Publicado em 14/09/2025 às 05:42
Alterado em 14/09/2025 às 12:21

.
Nota-se uma animação que começa a lembrar os tempos pré-pandemia. De vez em quando ainda surgem notícias como a Abercrombie & Fitch que fechou nos Champs Elysées - sinceramente, nunca achei que o estilo tivesse a ver com Paris. Ou a Filomena Rosa Cor de portas fechadas no shopping da Gávea - uma esperança: quem sabe esteja reformando?
Mas esta semana deve ter dado movimento para os aplicativos de táxi, mais adequados para os locais dos eventos. Sem falar nos deslocamentos aéreos.
Primeiro, Bianca Gibbon
Sim, esta ousada da moda carioca, depois da coleção glamorosa exibida no Copacabana Palace, mostrou o verão em uma casa no Joá, no alto da Barra, com direito a almoço da chef Mari Vidal. Uma pequena multidão de clientes se dividiu entre os comes e as compras, ao som de uma trilha em decibéis ensurdecedores. Felipe Dornelles explicou que a coleção intitulada Riviera Brasileira foi inspirada na Riviera européia, com as devidas adaptações para nosso verão. “A diferença é que em vez de um desfile vamos mostrar em quatro lançamentos, até dezembro. Temos muitos vestidos chemise, conjuntos de linho bordados, pijamas e quimonos. Esta é a primeira etapa, estamos programando também uma apresentação no Carmel Resort, em Fortaleza". A principal diferença entre as duas Rivieras, é que a européia, de Cannes e St. Tropez, é mais balada, nos beach clubs. A nossa é prática, feminina, tão brasileira quanto as caipirinhas servidas. Bianca não erra, pelo menos o movimento na loja montada no primeiro andar demonstrou o sucesso da sua Riviera.
Depois, a Ornare
Esta loja de planejados sofisticados está competindo com a turma da moda, em matéria de encontros e lançamentos. Juntou o cult e o chic, em almoço na Maria da Glória que reuniu praticamente todos os profissionais do Rio. Arquitetos, decoradores e organizadores, como a Patricia Quentel, uma das diretoras da CasaCor, estavam lá. E de sobremesa, partiram todos para o ArtRio, em uma edição que vale a visita. A começar pelo painel externo da Sabrina Correa, a artista que criou os toy Art da renovada grife Frankie & Amaury. Uma mistura bem feita: móveis, Arte e moda.
Camisetas slim e camisa com gola cubana, na DLZ Foto: divulgação
Um masculino de qualidade
Fora do circuito de multimarcas a DLZ é pouco conhecida, apesar de fazer parte do Deliz Fashion Group, de Santa Catarina. A força dos elementos naturais foi a referência para a coleção Origens.
“Buscamos traduzir a força das pedras e a fluidez da água em peças que unem sofisticação, leveza e autenticidade. " conta Carlos Índio, Diretor Criativo da DLZ.
Sair do básico é sempre complicado, para o homem consumidor. A grande saída da DLZ é a qualidade das matérias: algodão egípcio, malhas com elastano, com fibras extra longas. Muito liocel, fio feito com celulose de árvores de madeira sustentável, usado nas sarjas e até no jeans, As camisetas vão do slim ao corte comfort e oversized. Duas curiosidades: a gola cubana das camisas e o blazer com mood resort. Adoro essas novidades.
Preto, vermelho e branco na cartela de Ralph Lauren Foto: reprodução
E de Nova York
Começou a saga das semanas de moda do hemisfério norte. O primeiro destaque foi Ralph Lauren, uma virada dos seus clássicos e bem comportados modelos de milionárias em férias para uma inesperada alfaiataria. Até a cartela saiu dos clássicos azuis e brancos, partiu para retumbantes vermelhos, brancos e pretos. Do que se conhecia, só a rua onde foi o desfile, a Madison, local nova iorquino onde Ralph Lauren abriu sua primeira linda loja que reunia decoração e roupas. Querem saber? Muito bom, mudar assim, levar a clientela a cobiçar peças diferentes das que já estão nos closets.
Uma notinha: elogios para os motoristas do Taxi Rio, que não hesitaram em subir o Joá e chegaram o mais próximo possível do restaurante Bota, na Marina da Glória.