Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

Assunto da moda: grupos

Publicado em 13/07/2025 às 14:26

Alterado em 13/07/2025 às 14:26

Grupo Azzas festeja ingresso na Bolsa (arquivo) Foto: reprodução

Hoje, fim de semana de 12/13 de julho não temos foto de desfile, produção ou figurinha. É só um comentário sobre o possível fim do grupo Azzas, a união das marcas da Arezzo e Soma.
Seria um grande grupo da moda brasileira. Mas dava para antecipar as diferenças entre os líderes e suas estratégias pessoais. Culmina com a queda das ações na Bolsa.

Qual a vantagem de formar grupos? Quem já era gente nos anos 80/90 sabia que as marcas parisienses estavam mal das pernas. Ou das vendas, claro. O visionário Bernard Arnault, já CEO das bebidas das linhas Moet Chandon e Henessy sacou o momento de investir na moda e fundou o grupo LVMH. Comprou marcas famosas, trocou estilistas, bagunçou as estruturas e foi muito criticado por revirar a moda francesa. Se não fosse esta iniciativa, as grandes maisons teriam acabado, simples assim.

Outro grupo surgiu em seguida. Em princípio era o PPR, que já incluía o magazin Printemps, o catálogo La Redoute e as firmas do grupo Pinault. Ainda foi preciso abrir um subgrupo, de luxo, para acolher Gucci, Stella McCartney, Balenciaga, Bottega Veneta e Saint Laurent.

No Brasil, o grupo catarinense AMC, vai seguindo discretamente. Sem entrevistas do CEO Alexandre Menegotti, sem grandes desfiles atualmente _ foi o tempo em que contratavam Gisele Bündchen para desfilar _ é um grupo sem notícias, mas já foi capaz de comprar a própria Colcci, a Tufi Duek, Triton e a Sommer.

Enfim, o foco é a venda nestes tempos em que uma novidade vista no celular vende mais do que é possível produzir com qualidade ou que a China vença a concorrência com preços imbatíveis e entrega eficiente.

E agora? Você vai se vestir nas marcas de luxo (Animale, Heckel Verri, Reserva, Reinaldo Lourenço, Osklen, Lenny, Dona Coisa entre outros), nas grandes lojas (Renner, C&A, Riachuelo), nos brechós (o Deborah Brechós na Urca, o Casa da Antonia, ou o da Carla Pádua, ambos na Gávea). Ou confesse que bem dá uma olhada nas barracas da Praça Antero de Quental?

Para quem AINDA acha que moda é supérfluo, lembro que Bernard Arnault é o homem mais rico da França e que a China investe pesado no setor. Para o Brasil, ainda é a indústria em segundo lugar na geração de empregos.

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