Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

Caminhando e chamando atenção

Fotos: divulgação

Publicado em 21/06/2025 às 11:57

Alterado em 21/06/2025 às 12:07

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Mais uma vez escolho os sapatos como foco de consumo da maioria das mulheres. Nos filmes e séries sofisticadas mostram prateleiras repletas de escarpins (lembram do Sex in the City? Que closet invejável). Na Ásia, sapatos de marcas famosas chegam como peças únicas, nem sempre no número certo, mas são comprados como troféus.

O Brasil é um dos grandes produtores da indústria calçadista, com o incentivo de entidades como a Assintecal e a Abicalçados. Os clássicos e básicos - sapatilhas, tênis, anabelas, escarpins e mocassins - continuam cumprindo as funções do dia a dia. E quem já tem isto tudo, mas sente falta de algo diferente, que chame a atenção ou tenha uma história para contar?

Seguem algumas sugestões, daquelas que compramos só para ficar olhando, nunca calçamos, sabe-se lá por quê:



Vamos devagar, com a série Fiji Essencial II, da Cartago. Foi lançada agora, para calçar quem vai para as festas de São João! Nunca tinha ouvido falar deste tipo de propósito. (R$ 109,99)



Em seguida, uma colab da Melissa com Alexandre Pavão. Conheci agora este designer, que trabalha com reciclagem, reuso, feito à mão. Assina uma linha de sandálias muito interessante, para usar com roupas simples. Deve agradar à geração Z. É a série Melissa Kirk + Alexandre Pavão (R$ 319,90)



Uma fofice, a linha Play da Converse All Star, assinada há 15 anos pela Rei Kawakubo, da marca Comme des Garçons. Corações enfeitam os tênis famosos. E já chegou ao Brasil para as adeptas da japonesa (R$ 949,90)


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Quem diria, o Michael Jordan assina a Air Jordan Mule Golf Shoes, para a Nike. O jogador curte golfe, mas arrasou no basquete (no E-bay, desde 591,11)


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Se o inverno for levado a sério, uma das melhores opções, em matéria de diferente, é a bota Ully, da Cris Roberto. Parente dos eternos Doctor Martens, deve aguentar neve e temporal (R$ 358,20)



Colecionadores, atenção: chegaram as Crocs inspiradas na saga Harry Potter. Esta é a da Grifinória - nem explico o que é isto, porque os adeptos do bruxo sabem - e tem adereços para espetar nos furinhos (R$ 244,30)

Agora, vamos pegar pesado. Impossível não ser notada com um destes modelos:


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O Miss Z Boum Boum Mirror, do Louboutin, é escandaloso até no nome. Salto 10, claro (US$ 1.295)



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E o The Glam Studs Kiki Ankle Boot, do Marc Jacobs. Será possível andar com este troféu? E quem precisa andar, ora?! (US$ 650)


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No salão Inspiramais uma das vedetes era o slingback peludo. Ainda não vi nenhum em lançamentos. E lembrem que nestas últimas semanas tivemos lindas coleções da Ângela Carvalho, Shoe House, B. Stylish.



Nem sempre apenas o sapato interessa. Há marketings divertidos, como o nome Cara de Cool, tênis estilo 24/7, para dia e noite. Ou a criação do Clube do Queridinho, um tênis macio da Cris Roberto: quem tem pelo menos três, vira sócia.



Por fim, o preço. Hoje, sem citar os que chegam do outro lado do mundo: falo da Constance, uma das maiores lojas físicas que conheço, com um e-commerce eficiente. Só um exemplo, a sapatilha boneca com ilhós, completamente dentro das tendências. Quanto? R$ 99,99.

O que achar de quem acha

Em tempos de livre expressão nas mídias sociais, é estranho ler ou ouvir as análises de trabalhos de moda. O desfile da Mondepars, da Sasha Meneghel, suscitou elogios e críticas pesadas. Primeiro, que teria que ter mais cor, porque é moda brasileira. Tem certeza que alguém quer discutir isto? Segundo, que havia cópias. De quem? Esta alegação em geral vem com o nome do suposto original escrito errado. Acaba a credibilidade nesta hora. Terceiro, um excesso de alfaiataria. Alguém acha ruim o estilo do Armani? ou do Reinaldo Lourenço? Ou da Gloria Coelho? Dá a impressão que os comentários se dirigem à criadora, não ao seu belo trabalho.

Ok, tudo pela liberdade de expressão. Seja qual for o motivo.

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