Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

Lançamentos da semana em Ipanema

Publicado em 25/11/2023 às 11:17

Alterado em 25/11/2023 às 11:25

Veluma, Mônica Moura, Silvia Pfeifer e Jackie Sperandio, modelos que desfilaram no Forum de Ipanema Foto: Zeca Santos

São muitos pretextos: a proximidade do Natal, a necessidade de recuperar as perdas destes três anos ou a vontade de se mostrar além das telas. O fato é que diariamente há quem convide para coquetéis, almoços ou simples encontros nesta cidade famosa por inventar moda para o mundo. Parece pretensão? Talvez, mas sempre lembro do que disse Roberto Levacov, CEO da Inega: “não é fácil impor uma marca no Rio, mesmo as internacionais. Porque a carioca é a própria marca”.

Quem sabe lançar suas propostas é o grupo de marcas locais. Há um jeito especial de celebrar coleções, inaugurações ou mesmo tempo de serviço. Como o Fórum de Ipanema, que festejou 40 anos de inaugurado, reunindo as modelos que fizeram sucesso desde os anos 1970. Ou a Zsolt, que ofereceu docinhos feitos de ingredientes amazônicos, porque a inspiração era o rio Negro.


Agenda da quarta-feira

Jóias em prata e brincos de pedras brasileiras na coleção Magia das Cores
Foto: Ines Rozario

Francisca Bastos no ateliê
Foto: Ines Rozario


Nada menos que quatro marcas encantaram suas clientes. Cada uma com sua história.

A designer Francisca Bastos pesquisava as tendências para criar joias de fim de ano. “Procurei as cores previstas no Pantone.Tinha laranja, vermelho, azul, verde, era um vale-tudo! Decidi criar com as pedras brasileiras, que têm todo o colorido e dei o nome de Magia das Cores.” contou no ateliê enquanto exibia os belos brincos, colares e anéis de citrinos, granada, turmalina rosa, ametistas rosas,cristais, peridot. Sem deixar de lado os brilhantes e pérolas (também rosados), as esmeraldas e rubis clássicos. Os preços vão de R$ 200 (para as peças em prata) até R$ 70 mil (por um colar-show de rubis e brilhantes)

Ale Wolff e as sandálias bordadas
Foto: Ines Rozario

Bebel Schmidt com o belo quimono estampado e Irá Salles com as bolsas que vão até o Japão
Foto: Ines Rozario

As outras três marcas se reuniram em uma loja. Bebel Schmidt, com mais de 20 anos no circuito da moda, queria exibir suas coleções de pantalonas, quimonos, praia, estampas e recortes. “Mas queria dividir o espaço com outras pessoas. Daí, abriu a B. Label, na galeria Ipanema 2000, onde ficam seus belos quimonos, maiôs com recortes de tule, junto com as sandálias artesanais preciosas da Ale Wolff e as bolsas também franjadas, bordadas, da baiana Irá Salles, que começou a trabalhar nestes acessórios quando morava em Nova York. “Queria manter um DNA do Brasil com materiais rústicos, composições com contas. Uma bolsa pode ter um jeito hippie, com alças de bambu, vintage, pelo fecho de pedras e um estilo urbano, tudo ao mesmo tempo.” As propostas da Irá fazem sucesso nos Estados Unidos e no Japão, com preços aqui na loja carioca de R$ 600 até R$ 3.500.

Nota-se que o Ipanema 2000 está pegando um conceito autoral.

 

Cores fortes
Francisca pesquisou no Pantone, a Bíblia das cores a serem fortes nas indústrias têxtil e automobilística, nas cores de paredes e na decoração. Só que até 2019 havia uma cor eleita - quem lembra do Marsala, que dominou todas as áreas? - mas depois da pandemia a humanidade queria muitas cores alegres. E a equipe da Pantone foi obrigada a selecionar um arco-íris para 2023/24.

Outra da designer de joias: pensem duas vezes quando escolherem suas pedras. A moda também passa por estas preciosidades. Um exemplo é a turmalina paraíba, raridade luminosa que anda esquecida, depois de um período de sucesso. Ou a água-marinha, que também já teve dias de mais glória. Mesmo os diamantes ficaram mais acessíveis, depois que surgiram novas minas na Rússia e na África do Sul.

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