Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

O que pode vir por aí para vestir

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Publicado em 16/10/2021 às 09:16

Iesa Rodrigues JB

Vai terminando a temporada de lançamentos do hemisfério norte. Nova York, Londres, Milão, Paris já tentaram convencer adeptas a aderir a algumas novidades. Hong Kong, Dinamarca e Tóquio ainda não influenciam tanto (mas fornecem boas ideias para os outros polos)

Mais uma vez notei que há pouca preocupação em alardear providências salvadoras do planeta. Algumas marcas anunciam fugir das peles animais (o que seria quase impossível, ter peles em coleções de verão). Stella McCartney explorou ao máximo as tramas feitas a partir de cogumelos, mas ela sempre procura meios alternativos coerentes com seus conceitos de vida vegana.

Para quem gosta de saber o que poderá ser vestido no verão (fim do ano para nós e meio do ano para europeus, americanos, o hemisfério norte) estas foram as propostas mais vistas nos desfiles e videos:

 

Macaque in the trees
A coleção Dior mostrou vários tailleurs lembrando a década de 1960, mais curtos (Foto: reprodução / Now Fashion)


1960: vestidos curtos, cortes evasês, golas estreitas. Muito frequente.

 

 

Macaque in the trees
Quem não quer uma regatinha com o nome Chanel escrito? Típico dos anos 1990 (Foto: reprodução / Now Fashion)

 

1990: década de ouro da moda de luxo, quando grandes grupos começaram a comprar as marcas semi-falidas. Ironicamente a volta aparece lembrando os tailleurs clássicos da Chanel, única grife independente até hoje. Também muito importante a confirmação dos logos aparentes, exagerados

 

 

Macaque in the trees
Calça cargo em seda acompanha top de academia, look do Tom Ford (Foto: reprodução / Now Fashion)

 

Brilho: desde cetins e sedas até metalizados, em saias, macacões e casacos leves. É um novo brilho, mais fosco e colorido.

 

Macaque in the trees
Macacão com recortes em verde neon, da Stella McCartney (Foto: reprodução / Now Fashion)

 

Cores: óbvio, o preto continua, o branco lembra os dias mais quentes. E há neons, principalmente em verde. Em qualquer peça, mas aconselho usar em uma sandália ou uma bolsa cross-body. Enjoa menos, escapa do efeito anticolisão

 

 

Macaque in the trees
Rick Owens foi um dos designers que mais investiram nos recortes (Foto: reprodução / Now Fashion)

 

Cortes: decotes inesperados, com navalhadas laterais, assimétricas. Saias cortadas, geométricas. Poucos recortes laterais, daqueles que mostravam parte da cintura. O forte agora é no decote


Macaque in the trees
Blusa de renda com macacão ou vestido, propostas frequentes em Isabel Marant (Foto: reprodução / Now Fashion)

 

Rendas: saindo do foco luxo, as rendas brancas ou off-white encantam em blusas por baixo de macacões, vestidos de alcinhas

Acessórios: em meio à quantidade de inovações nos tênis pelas marcas especializadas, os criadores das marcas de moda sugerem sandálias de tiras fininhas, pela Loewe, as boots da Givenchy. E haja correntes para seguir Chanel!

Falando em Chanel, me diverti ao saber que a marca acaba de instituir que as coreanas só podem comprar uma bolsa Chanel por ano!

De que se trata:
Há sempre uma palavra em português para definir os detalhes da moda. E onde fica a graça de falar (ou escrever) algo que pouca gente sabe o que é? Isto faz parte da moda. Seguem alguns termos deste texto:

Evasé: termo dos anos 1960, que define o corte meio abajur, meio cone, das saias.

Tailleur: alguém falaria “costume” para definir um conjunto de saia e casaco? A palavra francesa lembra alfaiataria (taylor), corte.

Cross-body: modelo de bolsa de alça longa, para ser usada atravessada no corpo.

Anticolisão: esta não é de moda, mas serve para imaginar o efeito de uma roupa em verde-neon. Como as roupas dos ciclistas noturnos

Off-white: ou o tom cru dos algodões. Seria originalmente o tecido sem lavagem, no tom natural. Virou cor entre o branco e o creme, em qualquer tecido.

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