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Vaticano pune cardeal polonês após acusação de abuso

Henryk Gulbinowicz foi proibido de participar de celebrações

Ansa -
primeira vez que um religioso polonês é penalizado na sequência de uma investigação sobre pedofilia conduzida pelo Vaticano
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A nunciatura apostólica na Polônia anunciou nessa sexta-feira (6) que o cardeal Henryk Gulbinowicz, bispo emérito da arquidiocese de Wroclaw acusado de abuso sexual, está proibido de participar de celebrações religiosas.

Aos 97 anos, o cardeal foi acusado há poucos meses de cometer abusos sexuais contra o escritor polonês Karol Chum, quando ele tinha 15 anos. Esta é a primeira vez que um religioso polonês é penalizado na sequência de uma investigação sobre pedofilia conduzida pelo Vaticano.

"A Santa Sé decidiu proibi-lo de participar de qualquer celebração ou reunião pública, e proibir o uso de insígnia episcopal", relatou o comunicado da representação do Vaticano.

O cardeal aposentado, nascido em 1923 em Vilnius, capital da Lituânia, também foi privado do direito ao funeral e sepultamento na catedral de Wroclaw.

Além disso, Gulbinowicz terá que pagar "uma certa quantia de dinheiro como uma doação para as atividades da Fundação San José estabelecida pelas Conferências Episcopais Polonesas para apoiar as atividades da Igreja pelas vítimas de abuso sexual, assistência psicológica e prevenção e educação dos responsáveis pela proteção de menores".

Gulbinowicz foi nomeado bispo em fevereiro de 1970 pelo cardeal Stefan Wyszynski. Seis anos depois, foi nomeado arcebispo metropolitano de Wroclaw e se tornou cardeal em 1985 pelo papa João Paulo II, responsável por aceitar sua renúncia em 2004.(com agência Ansa)