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Galeria Anita Schwartz tem programação de verão, com entrada franca

Guga Ferraz -
Aplique de Carne
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A Anita Schwartz Galeria realiza Projeto Verão #1 com uma programação intensa: performances diversas, com música, poesia, acrobacia, instalações sonoras, exposições-cápsulas, cinema, aula de modelo vivo e bar temático, até 14 de março, das 19h às 22h, com entrada gratuita.

 

Macaque in the trees
Aplique de Carne (Foto: Guga Ferraz)
Participam do projeto mais de 20 artistas, como Alexandre Vogler e Cadu, representados pela galeria, Botika, Paulo Tiefenthaler, Amora Pera, Guga Ferraz, e outros artistas visuais, bailarinos, músicos, poetas e cineastas. O escritor Nilton Bonder fará uma conversa aberta após a exibição do documentário “A Alma Imoral”, de Silvio Tendler, e durante todas as noites do período funcionará no terraço o Bar Pinkontolgy, de Gabriela Davies, curadora da Vila Aymoré, com drinques criados especialmente para o Projeto Verão #1,

Enquanto o “cubão branco” no térreo, com seus sete metros de altura, recebe, às quartas-feiras, uma programação de performances, o último andar abriga duas exposições: “Bebendo Água no Saara”, com trabalhos de Laís Amaral (até 8 de fevereiro), e “Milanesa”, de Felipe Barsuglia.

As performances no espaço térreo são:

29 de janeiro, das 19h às 21h – Encontrão de poetas, com curadoria de Ítalo Diblasi, e coordenação de Bianca Madruga e Letícia Tandeta, do coletivo MESA

A ação busca transformar a palavra falada em obra de arte, deixar que a poesia encontre o espaço em branco e o ocupe. Criada pelas artistas em 2015, no Morro da Conceição, a MESA é integrada também pela curadora Pollyana Quintella e a pesquisadora e doutoranda em filosofia Jessica Di Chiara. Participarão os poetas Guilherme Zarvos, Julia de Souza, Laura Liuzzi, Marcelo Reis de Mello, Mariano Marovatto, Nina Zur e Rita Isadora Pessoa.

•5 de fevereiro, das 19h às 21h – Aplique de Carne, de Alexandre Vogler, Botika e Paulo Tiefenthaler.

Projeto multidisciplinar que reúne artes plásticas, cinema, performance e rock androll, construído sob estrutura literária – a fábula de Aplique de Carne.

Elenco: Aplique de Carne – Nana Carneiro da Cunha; Apliquete – Amora Pera; Apliquete – Botika; Apliquete – Flavia Belchior; Namorado – Guga Ferraz. Músicos: Bernardo Botkay, Emiliano 7, Flavia Belchior, Nana Carneiro. LINK

•12 de fevereiro, das 19h às 20h – “Repertório N.1”, com Davi Pontes e Wallace Ferreira – Indicação etária: 18 anos

A obra nomeia uma trilogia de práticas coreográficas que investem na ideia de dança enquanto um treino de autodefesa. O movimento pode ativar a memória dos corpos subalternos que foram enterrados sob códigos hegemônico? O movimento visto como um dilema da modernidade, de que maneira se pode reivindicar uma outra temporalidade dançada, menos contaminada pelos cacos da “história da dança”? A assistência de dramaturgia é de Bruno Reis.

•19 de fevereiro, das 19h às 21h – Aula aberta de modelo vivo, com Cadu

Material sugerido: bloco de papel e lápis. Inscrições prévias pelo email: [email protected] ou pelo telefone: 2540.6446.

•7 de março (sábado), “Mão – translação da casa sobre a paisagem” (75’), com os bailarinos AdellyCostantini, Camila Moura, Carolina Cony, Fernando Nicolini, Daniel Poittevin e Fábio Freitas.

Performance de rua em que se construirá na frente do público uma estrutura de sete metros de altura, em ferro e madeira. Movimentos ordinários de uma construção, tais como aparafusar, carregar e encaixar, se misturam aos equilíbrios em pêndulo, às escorregadas acrobáticas em uma enorme rampa de madeira, aos saltos e giros durante a edificação da própria estrutura. Inspirado na mão de obra de construções no espaço público e na força de trabalho que ergue lonas e estruturas de circo, “Mão” é a sua própria construção.

Músicos: Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado

Direção: Renato Linhares

Direção técnica: Daniel Elias

Cenografia: Estúdio Chão [Adriano Carneiro de Mendonça e Antonio Pedro Coutinho]

Trilha sonora: Ricardo Dias Gomes

•11 de março, das 19h às 21h – Exibição do documentário “A Alma Imoral” (1h58’), de Silvio Tendler, seguida de conversa aberta com Nilton Bonder, autor do livro homônimo – Indicação etária: maiores de 14 anos

Silvio Tendler aborda questões sobre a possibilidade de se impulsionar a própria vida; as diferenças entre a concepção científica e a concepção bíblica na interpretação da vida; o que é alma e corpo? O filme propõe uma conexão entre as, não importando suas crenças. Apoio: LZ Studio (móveis)

Para Nilton Bonder, a “transgressão é o elemento capaz de renovar a vida, de impulsioná-la a um novo horizonte de possibilidades”. “Essa transgressão está localizada na alma”. “Alma Imoral” é um projeto instigador, poético e filosófico, com a direção de Silvio Tendler, trazendo o best-seller do Rabino Nilton Bonder para as telas. Bonder, personagem condutor, partirá numa jornada na busca da Alma Imoral pelo Brasil, EUA e Israel, entrevistando destacados transgressores do pensamento e da atualidade em sua própria "tribo". Tratando o particular como modelo para o universal, como o fez no sucesso da obra teatral, Bonder parte de seu próprio mundo e tribo para abordar adultério, ateísmo, homossexualidade, traição, rompimento e inovação na diversidade da política, religião, arte e ciência. As entrevistas são entremeadas por coreografias da Cia de Danças Debora Colker. Passagens e mitos bíblicos revelam a arte de transitar no território da interdição e da transgressão e trazem uma nova reflexão sobre o que é lícito e apropriado, sobre o tabu e sua quebra. Um filme sobre a importância da transgressão para impulsionar a vida. Entre os entrevistados estão: FransKrajcberg, Michael Lerner, Rebbeca Goldstein, EtgarKeret, Uri Avneri, RebZalmanSchachter, Rabino Steven Greenberg, Noam Chomsky, e irmãos Rosenberg.

EXPOSIÇÕES-CÁPSULAS

No espaço expositivo do segundo andar, ao lado do terraço, fica em cartaz até 8 de fevereiro “Bebendo Água no Saara”, com seis pinturas de Laís Amaral (1993, São Gonçalo, Rio de Janeiro). O texto que acompanha a exposição é de Agrippina Manhattan. A artista parte de processos de desertificação e embranquecimento da natureza para fazer um paralelo com o ser humano, “dada a imposição de um sistema de organização de mundo moderno-colonial”. Para ela, “Bebendo água no Saara” se revela como uma busca de expandir possibilidades de existir e comunicar, um processo de fertilização subjetiva, onde umedecer acontece pelo gesto da manifestação plástica”. “Tal experiência está diretamente conectada a mistérios de uma realidade sensível que permeia a memória e o agora”, afirma.

No dia 12 de fevereiro, será aberta no segundo andar a exposição “Milanesa”, com seis pinturas de Felipe Barsuglia (1989, Rio de Janeiro), artista conhecido por transitar por várias mídias. O texto que acompanhará a mostra é de Germano Dushá, e a exposição fica até 14 de março.

SERVIÇO: Projeto Verão #1 – performances diversas, com música, poesia, acrobacia, instalações sonoras, exposições-cápsulas, cinema, aula de modelo vivo e bar temático / Anita Schwartz Galeria de Arte, Baixo Gávea, Rio / Até 14 de março, das 19h às 22h. Apoio: Granado e LZ Studio. Entrada gratuita. Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, 22470-100, Rio de Janeiro. Telefones: 21.2274.3873 e 2540.6446

Horário: 10h às 20h, de segunda a sexta, e das 12h às 18h, aos sábados. www.anitaschwartz.com.br