CADERNOB

Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga estreia quarta no Rio

Concerto com regência de Priscilla Bomfim terá participação da cantora Elba Ramalho e do Coro Laboratório Juvenil do Rio de Janeiro

Por CADERNO B
[email protected]

Publicado em 13/06/2021 às 12:15

A Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga é composta por 52 meninas alunas de escolas públicas do Rio Divulgação

Com o intuito de ampliar a representatividade e a diversidade das instrumentistas femininas, o Instituto Brasileiro de Música e Educação apresenta concerto de estreia da Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga, formada exclusivamente por meninas – crianças e jovens, alunas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, sob a batuta da regente convidada Priscila Bomfim.

“Participar de uma orquestra só de mulheres, é perfeito e inspirador. Ter essa oportunidade é saber que somos boas demais, competentes, talentosas e fortes”, diz Ana Emanuele Vicente de Souza, 14 anos, violoncelista da OSJC Chiquinha Gonzaga. 

Composta por 52 integrantes, a Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga estreia na próxima quarta (16), às 19h, com participação especial da cantora Elba Ramalho e Coro Laboratório Juvenil do Rio de Janeiro, composto por 30 meninas. Apresentação terá transmissão ao vivo pelo Youtube, direto do Imperator – Centro Cultural João Nogueira, tradicional teatro do Rio de Janeiro, situado no bairro do Meier.

“Acho maravilhoso fazer parte de uma orquestra como essa que só tem mulheres. Quero mostrar para o mundo inteiro que nós, mulheres, podemos correr atrás dos nossos sonhos, basta acreditar e buscar. Acho maravilhoso poder tocar com a maestrina Priscila Bomfim. Ela é uma regente maravilhosa e uma mulher também”, testemunha Nicole Szaz Lima, 10 anos, clarinetista da OSJC Chiquinha Gonzaga

“A experiência da música e da arte é um espaço para se ampliar horizontes nas mais variadas dimensões, estéticas, culturais, históricas, políticas, dentre tantas outras. A implantação da Orquestra Sinfônica Chiquinha Gonzaga objetiva fortalecer as políticas de equidade de gênero, tangibilizando de maneira concreta a representação feminina, desde a figura da maestrina - atividade predominantemente relacionada ao universo masculino -, como na representatividade feminina nos mais diversos instrumentos da orquestra. Pretendemos desconstruir o estereótipo de que meninas tocam violinos, violoncelos e flautas, para que possam tocar outros instrumentos. A orquestra foi criada com o objetivo de incentivar mais meninas a participar de música de orquestra”, asseguram os representantes do Instituto Brasileiro de Música e Educação em comunicado enviado à imprensa.

O concerto tem patrocínio da Uber, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Homenagem à Chiquinha Gonzaga

O nome da OSJC Chiquinha Gonzaga é uma homenagem à pianista, compositora e maestrina que, por sua atuação corajosa e de excelência, representou um marco na música brasileira. Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, Chiquinha Gonzaga sofreu todo tipo de preconceito, mas transformou a sua música como instrumento de voz, liberdade e oportunidade.