POLÍTICA

De Eduardo Leite, governador do RS, sobre Bolsonaro: 'Do ponto de vista técnico-jurídico, prisão se justifica'

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Por POLÍTICA JB com Agência Estado
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Publicado em 25/11/2025 às 07:52

Alterado em 25/11/2025 às 07:59

Eduardo Leite entre seus pares de direita Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Cláudio Castro, durante entrevista coletiva após reunião com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, para tratar sobre o regime de recuperação fiscal (arquivo) Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Por Geovani Bucci - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), afirmou que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é justificável do “ponto de vista técnico-jurídico”, em conversa com jornalistas em jantar do Grupo Voto, em São Paulo. Para ele, no entanto, “política se faz com quem é diferente” e deixou em aberto eventual apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Do ponto de vista técnico-jurídico, parece que a tentativa de violação da tornozeleira justifica a prisão. Agora, do ponto de vista político-institucional do País, eu não posso deixar de lamentar mais uma vez”, disse Leite. “Lamentar que a gente viva um momento como esse fruto desse tensionamento, da polarização radicalizada, que leva campos políticos opostos aqui a um estar celebrando nesse momento enquanto outro lamenta.”

Segundo o chefe do Executivo gaúcho, houve falta de estratégia para o enfrentamento ao crime organizado tanto no governo Bolsonaro quanto nos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele afirmou que o mandatário brasileiro a partir de 2027 precisará concentrar-se em reformas profundas na máquina pública para equilibrar as contas, hoje marcadas por um déficit elevado e um orçamento quase inteiramente comprometido por despesas engessadas, segundo ele, o que reduz o espaço para investimentos. O gaúcho destacou que a direita representada por Bolsonaro “nunca trabalhou realmente” para construir um Estado mais leve, com menos gastos.

Para Leite, será necessário cortar custos, ampliar a capacidade de investimento e dedicar mais energia à segurança pública, sem descuidar das áreas sociais.

Nesse sentido, o governador salientou ter “todo o respeito” por Tarcísio e afirmou que pode chegar a um entendimento sobre plano de governo para as eleições do ano que vem apesar das divergências a respeito das pautas bolsonaristas mais radicais. “Minha vontade de ser candidato a presidente, de ser presidente, não pode ser maior que minha vontade de brasileiro de ver esse País avançar”, disse.

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