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Lula manda recado a Trump: 'Como pernambucano, não gosto de briga, mas não tenho medo de briga'

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Por POLÍTICA JB com Brasil 247
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Publicado em 15/08/2025 às 08:31

Alterado em 15/08/2025 às 08:35

Lula: 'O governo americano resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil' Foto: Agência Brasil

Por Guilherme Paladino - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu, nesta quinta-feira (14), às provocações e sanções do governo estadunidense contra o Brasil, enviando um recado direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em evento de entrega de 599 títulos de regularização fundiária a moradores de Recife (PE), Lula disse que o país não aceitará “ficar de joelhos” diante de pressões externas, e fez duras críticas ao ex-mandatário brasileiro Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado.

“O governo americano resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil. [...] É mentira quando o presidente diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, mas a gente não vai ficar de joelhos para o governo americano. [...] Como pernambucano, não gosto de briga, mas não tenho medo de briga”, afirmou Lula.

O discurso ocorre no contexto do agravamento das tensões comerciais entre os dois países. No último mês, Trump anunciou tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os EUA a partir de 1º de agosto, alegando prejuízos no comércio bilateral. O governo brasileiro contesta a versão e afirma que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam lucro de US$ 410 bilhões nas trocas com o Brasil, incluindo ganhos bilionários de plataformas digitais.

Acusações contra Bolsonaro
Lula também respondeu à acusação de Trump de que o Brasil não teria democracia por conta do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente afirmou que o ex-chefe do Executivo está sendo julgado “porque tentou dar um golpe de Estado”, e listou ações, como tentativa de assassinato de autoridades como ele próprio, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; uso de um caminhão-bomba no aeroporto de Brasília; ataques à Polícia Federal e incêndios de ônibus no dia da diplomação presidencial; incitação à invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

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