POLÍTICA

Gleisi: Brasil tem apoio internacional e traidores que defendem Trump estão isolados

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Por POLÍTICA JB com Brasil 247
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Publicado em 24/07/2025 às 09:56

Alterado em 24/07/2025 às 10:02

A ministra Gleisi Hoffmann Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Por Otávio Rosso - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), destacou nesta quinta-feira (24) o apoio de 40 países ao posicionamento do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a política de tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a ministra, o movimento mostra que o países não está isolado, ao contrário de quem defende as ações de Trump.

“Muito importante o apoio que quarenta países deram ao posicionamento do Brasil em reunião da Organização Mundial do Comércio. É uma prova de que o Brasil não está isolado na defesa do multilateralismo e mais equilíbrio nas relações comerciais. Isolados estão os traidores que defendem as sanções de Trump contra nosso país”, afirma Gleisi em publicação nas redes.

O posicionamento do Brasil na OMC foi apresentado nessa última quarta-feira (23) pelo embaixador Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. Sem citar diretamente os EUA, ele condenou o uso de tarifas arbitrárias e alertou para os riscos econômicos e geopolíticos dessas práticas.

“As negociações como jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra”, afirmou o diplomata. “Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas em forma de caos estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, completou.

O Brasil também destacou que tais medidas violam os princípios fundamentais da OMC e expressou preocupação com o uso de sanções econômicas como instrumento de interferência em assuntos internos de outros países.

“Como uma democracia estável, o Brasil tem firmemente enraizados em nossa sociedade princípios como o Estado de Direito, a separação de poderes, o respeito às normas internacionais e crença na solução pacífica de controvérsias”, disse Gough.

A fala brasileira foi endossada por blocos e países como os Brics, União Europeia e Canadá. A delegação dos Estados Unidos, presente na reunião, respondeu sem citar diretamente o Brasil, mas afirmou estar preocupada com “condições desiguais” no comércio internacional.

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