MEIO AMBIENTE
COP 30: saúde global, empregos verdes e justiça climática no coração das discussões. Os pilares de um futuro possível
Por RITA MARIA SCARPONI
Especial para o Jornal do Brasil
Publicado em 12/11/2025 às 19:11
Alterado em 12/11/2025 às 19:11
O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursa na plenária geral da Cúpula do Clima Foto: Kiara Worth/UNFCCC
[Belém, Pará] A Amazônia pulsa, e com ela a COP 30, em Belém, transformou-se no epicentro de uma revolução de ideias. Nesta quarta-feira (12), os corredores da Conferência do Clima vibraram com discussões que não são apenas urgentes, mas essenciais à construção de um amanhã sonhado por todos: resistente, equitativo e cheio de oportunidades. O foco do dia? Três pilares que gritam por atenção global: a saúde pública sob o cerco das crises climáticas, a ascensão dos empregos verdes de qualidade e a imperativa necessidade de um financiamento climático que alcance quem mais precisa.
Saúde global na linha de frente: Belém revela o escudo contra a crise climática
Prepare-se para uma virada de jogo na forma como encaramos a saúde em um planeta em transformação! A saúde não é mais um tema secundário; ela emergiu na COP 30 como a pedra angular da nossa sobrevivência. Em um evento promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os holofotes se voltaram ao impacto devastador das mudanças climáticas nos nossos sistemas de saúde e o desafio humanitário das migrações climáticas internas. Não se trata apenas de tratar doenças, mas de blindar a humanidade contra os eventos extremos e os surtos de doenças que o aquecimento global nos impõe.
E a grande novidade? O “Belém Health Action Plan”! Não é apenas um plano; é um manifesto de resiliência, um guia estratégico delineado para que nossos sistemas públicos de saúde se tornem robustos e, sim, inatacáveis! Este plano visionário visa proteger nossas populações mais vulneráveis e assegurar que o acesso a serviços essenciais seja um direito contínuo, mesmo diante das novas e desafiadoras realidades climáticas. Belém está nos mostrando o caminho!
Acelerando a revolução verde: empregos do futuro chegam à COP 30
Atenção, inovadores, empreendedores e trabalhadores do amanhã! O “Dia dos Meios de Implementação” eletrizou a COP30 com uma visão ousada sobre a economia e o mercado de trabalho do futuro. O lançamento da “Global Initiative on Jobs & Skills for the New Economy” não é apenas uma iniciativa; é um tsunami de oportunidades que promete redefinir a criação de empregos em escala global!
O relatório âncora desta iniciativa é um mapa do tesouro para a economia verde. Ele não só propõe caminhos inovadores para a criação de novos postos de trabalho, mas garante que estes sejam, fundamentalmente, empregos de qualidade! E a melhor parte? Um foco particular foi dado à inclusão transformadora de grupos frequentemente marginalizados, como jovens e mulheres. Eles não são apenas parte da solução; eles são a centelha a incendiar essa nova economia, trazendo criatividade e sustentabilidade aos desafios do século XXI. O futuro do trabalho é verde e inclusivo, e ele está nascendo em Belém!
Justiça climática: abrindo as portas do financiamento a quem mais precisa
Se há um grito que ecoa mais alto que os ventos da Amazônia na COP 30, é o da justiça climática! Este tema recorrente e essencial ganhou um contorno especial e profundamente humano ao se concentrar nos mais vulneráveis. Em uma sessão conjunta organizada pelo “Climate Security Mechanism” e diversos organismos das Nações Unidas, a discussão girou em torno de uma verdade inegável: a necessidade imperativa de tornar o capital climático mais acessível.
A conversa revelou a batalha que muitos países - especialmente aqueles em situações de alta vulnerabilidade e, infelizmente, em contextos de conflito - enfrentam para acessar os recursos financeiros globais destinados à adaptação e mitigação climática.
A burocracia, a invisibilidade, a ineficácia dos mecanismos atuais são barreiras que a COP30 se propõe a demolir. O objetivo é claro e poderoso: “bridging the gap” - construir pontes eficazes entre os vastos recursos financeiros globais e as comunidades que mais sofrem os impactos devastadores das mudanças climáticas, mas que historicamente têm sido esquecidas pelos grandes mecanismos de financiamento. A justiça climática passa, inevitavelmente, por assegurar que esses recursos cheguem a quem mais precisa. É a pedra angular de um futuro verdadeiramente justo!
As discussões e as iniciativas lançadas neste dia em Belém reforçam uma visão poderosa: a luta contra as mudanças climáticas não é apenas uma batalha ambiental; é uma cruzada intrinsecamente ligada à construção de sociedades mais justas, mais saudáveis e com oportunidades equitativas para todos.
Os desafios são complexos, gigantescos, mas o compromisso vibrante que vem sendo demonstrado na COP 30 aponta para a busca por soluções integradas que priorizem as pessoas e o planeta. Belém não é apenas o palco da COP30; é o berço de um novo paradigma, pavimentando o caminho para um futuro verdadeiramente sustentável e inspirador!