MEIO AMBIENTE
Certificadora BNDES na COP 30: a nova era do crédito de carbono no Brasil começa agora!
Por RITA MARIA SCARPONI
Especial para o Jornal do Brasil
Publicado em 10/11/2025 às 17:48
Alterado em 10/11/2025 às 17:48
Logomarca do BNDES na porta da sede do banco, no Centro do Rio Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil
[BELÉM DO PARÁ] Os corredores da COP 30, no momento, fervilham com a expectativa do anúncio que em muito redefinirá o mercado de crédito de carbono brasileiro.
Prometido para essa terça-feira (11), em evento paralelo à cúpula, o lançamento oficial de uma certificadora de créditos de carbono, liderada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representa um movimento estratégico para posicionar o Brasil na vanguarda da economia verde global.
Este é o início de uma nova era para a valorização de nossos ativos ambientais. A iniciativa conta com a parceria de uma grande instituição financeira e outras entidades, que visa conferir a credibilidade e transparência essenciais onde, até então, pairavam dúvida.
Depois da necessária regulamentação geral, já em curso, vem como o xeque-mate que o mercado verde nacional necessita para conquistar confiança internacional. Os participantes demonstram, em discussões paralelas e à sorrelfa, preocupação quanto à definição das atividades que lastreiam a emissão de créditos de carbono, que demandem objetividade para permitir a observância à regulamentação que será editada para disciplinar a organização, o funcionamento e as operações desse mercado.
Comentam alguns que, embora cada certificadora adote metodologias específicas, o fluxo básico abrangerá desde a formulação do projeto até a aposentadoria do crédito de carbono, garantindo um processo rigoroso e eficaz. Por outro lado, também constitui missão dessa certificadora valorizar os nossos ecossistemas, com um olhar especial à Amazônia, chegando como um divisor de águas, garantindo que o vasto potencial natural do Brasil seja reconhecido e remunerado deforma justa.
A expectativa é de que a certificadora do BNDES atraia investimentos que verdadeiramente compreendam e recompensem o valor da floresta em pé. Do ponto de vista da economia ambiental e do direito ambiental, a biodiversidade de nossas florestas tropicais é um capital incomensurável, provendo serviços ambientais vitais ao planeta, além de ser um manancial inesgotável para pesquisa e segurança alimentar global.
Como ressaltado pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, “o mundo precisa entender que um hectare de floresta nativa amazônica não pode ser equiparado a plantações comerciais”.
Com este importante passo, o Brasil busca consolidar um lugar de destaque nas discussões climáticas globais, sinalizando um compromisso real com a valorização de sua riqueza natural, representando uma virada decisiva a destravar o verdadeiro potencial do crédito de carbono brasileiro e fortalecer a posição do país como uma potência ambiental e econômica.