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Por Jornal do Brasil

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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, é apontado como ‘dono de aeronaves usadas pelo PCC'

Piloto de um dos aviões teria dado a informação em depoimento à Polícia Federal. Reportagem foi publicada nos portais Uol e ICL Notícias

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Publicado em 18/09/2025 às 13:49

Alterado em 18/09/2025 às 15:27

Antônio Rueda Foto: União Brasil

Reportagem assinada pelos repórteres Leandro Demori, Cesar Calejon, Flávio VM Costa, Alice Maciel e Thiago Herdy, do Uol e do ICL, publicada nesta quinta-feira (18), cai como uma bomba no mundo político. Informa que um piloto afirmou à Polícia Federal que Antônio Rueda, presidente de um dos maiores partidos políticos brasileiros, o União Brasil, “está entre os verdadeiros donos de quatro dos 10 jatos executivos operados por uma empresa de táxi aéreo que atende aos interesses do grupo narcotraficante PCC.

“Mauro Caputti Mattosinho, 38 anos, disse que Rueda era citado por seu chefe como o líder de um grupo que ‘tinha muito dinheiro que precisava gastar’ na compra de aeronaves, avaliadas em milhões de dólares”, diz a reportagem.

O acusado Rueda nega ser dono dos aviões. Em nota oficial, diz que "repudia com veemência qualquer tentativa de vincular seu nome a pessoas investigadas ou envolvidas com a prática de algum ilícito".
A reportagem acentua que Rueda é aliado político de Ciro Nogueira, presidente do PP, e que Ciro também foi citado pelo piloto denunciante.

O piloto Mattosinho foi abordado por agentes da Polícia Federal no aeroporto, após a aventada possibilidade de estar transpondo um dos líderes do PCC, que atende pela alcunha de “Beto Louco”. A descoberta se deu à época de operação conjunta entre PF, Receita e MP de SP, em agosto.

O piloto contou à reportagem ter transportado “ao menos 30 vezes Mohamad Hussein Mourad, mais conhecido como Primo, e Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco. Ambos são apontados como líderes do esquema que atendia ao PCC e estão foragidos da Justiça”, diz o texto.

O piloto delator também contou o tal Beto Louco teria dito que encontraria o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, e que o “Louco” carregava uma sacola que “aparentava conter dinheiro vivo”.
Ciro negou conhecer o traficante e ter recebido dinheiro sujo, e entrou na justiça contra o portal ICL Notícias, pedindo indenização por danos morais.

Mattosinho, o piloto, disse aos repórteres que Rueda “viaja constantemente em jatos operados pela mesma empresa, embora ele não fosse o piloto destes voos. Era mencionado como "Ruedinha", diminutivo de seu nome”, diz o texto.

Oficialmente, a aeronave pertenceria à empresa RZK, de José Ricardo Rezek, próximo de Rueda, e que teria participado da festa pelos 50 anos do presidente do União Brasil.

A empresa nega participação de Rueda, mas o piloto diz que “outros três jatinhos bimotores” (...) “teriam sido adquiridos com participação de Rueda”. Seriam eles: um Gulfstream G200, matrícula PS-MRL; um Citation Excel, matrícula PR-LPG; e um CitationJet 2, matrícula PT-FTC.

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