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Petrobras investe R$ 33 bilhões no RJ

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Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 03/07/2025 às 06:00

Alterado em 03/07/2025 às 11:52

Reduc Foto: Geraldo Falcão/Divulgação

A Petrobras está convocando a imprensa para uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 3 de junho, em sua sede, no Edifício Senado, para anunciar R$ 33 bilhões em novos investimentos no setor de refino e na petroquímica no Estado do Rio de Janeiro.

Marcada para a véspera da cerimônia que marcará a visita do presidente Lula à Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – RJ, a coletiva terá a presença da presidente Magda Chambriard, que receberá o presidente na Reduc, e do diretor executivo de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.

Novos planos para a Braskem?

O que chama a atenção é a presença do presidente da Braskem, Roberto Ramos, no evento. A maior petroquímica do hemisfério Sul tem controle de 51% do grupo Novonor (ex-Odebrecht) e conta com participação de 47% da Petrobras.

Mas a Novonor está em recuperação Judicial e a Braskem, que ficou fora da RJ, é o principal ativo do grupo Novonor e é alvo de complicada negociação acionária com a participação do empresário Nelson Tanure.

Tanure tenta negociar deságios nas dívidas da Braskem dadas em caução a cinco bancos (Bradesco, Itaú, Santander, BNDES e Banco do Brasil). Um acordo implicaria em nova composição acionária, com eventual aumento da posição da estatal.

Força para a economia do RJ

A Braskem participa há quase duas décadas do polo gás-químico, instalado na Reduc, e que será ampliado com os investimentos bilionários em novas linhas de refino na Reduc e na integração com a ampliação do polo de refino e aproveitamento petroquímico do gás natural na Rota 3 da Bacia de Santos no Gaslup, que faz parte do Complexo de Energias Boaventura, localizado em Itaboraí (RJ), em operação desde maio.

Renascimento como uma fênix

Como fênix, o Complexo de Energias Boaventura, que tem uma unidade para processar 21 milhões de m³/dia e vai refinar petróleo e óleos lubrificantes, renasce, há três anos, dos escombros do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí. O Comperj era um complexo petroquímico, que virou quimera.

Concebido em 2025-2006, quando a Petrobras surfava na euforia da descoberta do pré-sal e as projeções do mercado internacional indicavam que o barril do Brent estaria hoje na faixa acima de US$ 300, viabilidade do Comperj foi atropelada pela crise financeira mundial de 2008, que derrubou as cotações do petróleo e provocou forte desaceleração da economia mundial. No mercado futuro o barril do Brent fechou hoje a US$ 68,90.

Volta por cima

A nova formatação, com a maior integração das duas grandes unidades de refino de petróleo e gás da Petrobras no Estado do Rio, compreende aportes que superam R$ 33 bilhões para o aumento da produção, com foco em produtos renováveis, e ganho de eficiência energética nas unidades da Petrobras em Duque de Caxias e em Itaboraí e na unidade da Braskem em Duque de Caxias.

Geração de empregos

No total, os projetos têm potencial para gerar mais de 38 mil empregos diretos e indiretos para aa economia fluminense.

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