EDUCAÇÃO

Projeto Engenhoka será inaugurado nesta terça na Escola Municipal João Saldanha, em Botafogo

Trata-se da 8ª instituição de ensino público a receber o curso exclusivo do Instituto Burburinho Cultural, que entrega um estúdio maker novo à escola

Por JB EDUCAÇÃO
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Publicado em 18/03/2025 às 06:00

Alterado em 18/03/2025 às 14:53

Alunos do Engenhoka Foto: divulgação

Nesta quarta-feira (18), às 9h, o Instituto Burburinho Cultural inaugura na Escola Municipal João Saldanha, na Rua da Passagem, 104, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, o Projeto Engenhoka, de ensino de robótica educacional aplicada às artes visuais. Considerado pioneiro, o Engenhoka está em seu segundo ano de atividades, após implementação em quatro escolas em São Paulo, e duas no Rio receberem a formação.

Serão quatro turmas, de 15 alunos cada, participando do Engenhoka na Escola Municipal João Saldanha. Professores, monitores e intérprete em Libras apresentam a metodologia e acompanham todas as aulas. Toda a metodologia, bem como o estúdio maker, são oferecidos pelo Instituto Burburinho Cultural. O estúdio conta com mobiliário, impressoras 3D, tablets, e material pedagógico para que os alunos recebam a formação. O estúdio é doado para a ecola ao final do ciclo, que tem duração de 40h.

Entusiasmado, o diretor José Rodrigues, há nove anos na Escola Municipal João Saldanha, destaca a importância da iniciativa. “Significa muito para a escola, seja no presente ou no futuro. Toda a estrutura física do estúdio maker, além dos equipamentos, garantem a imersão dos alunos no mundo da tecnologia de forma diferente. Também é muito importante incentivar a criatividade através de atividades de raciocínio lógico pelo caminho da arte. É algo muito novo para nós. Tudo converge para aprimoramento da aprendizagem”, afirma Rodrigues.

 


O estúdio 'maker' doado à escola Foto: divulgação

Em 2024, foram beneficiados os colégios estaduais Souza Aguiar, no centro do Rio, e Zuleika Raposo Valadares, em Niterói. Fora do Rio, em São Paulo, alcançou quatro unidades de educação públicas em Jundiaí, Guarujá, Pirituba e capital. Em 2025, além da Escola Municipal João Saldanha, o Projeto Engenhoka ocorre em Contagem, Minas Gerais.

“Estamos unindo robótica e artes visuais em escolas públicas. Temos conosco Google Brasil, Fundação Siemens, Simpress, Digix, Wilson Sons e, este ano, Petronas Brasil, apostando no firme propósito de que é possível ensinar os alunos a criarem robôs, ao mesmo tempo que realizam esculturas. Ou seja: comprovar que ciências e artes estão interligadas e expandem o conhecimento do aluno”, explica Thiago Ramires, diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural.

Método - Raciocínio lógico, imersão em momentos da História da Arte dentro de um estúdio maker, muito conhecimento e prática. Cinco módulos compõem o método, que é apresentado num kit para cada aluno. A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picode Edtech, com consultoria da curadora de arte Fabiana Moraes, niteroiense que é radicada na França há 20 anos. As aulas contam com referências a Alexander Calder, ao pintor Joan Miró, Marcel Duchamp, László Moholy-Nagy, além de brasileiros como Sérvulo Esmeraldo, Abraham Palatnik e Lygia Clark.

Projeto aprovado na Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), o Engenhoka conta com patrocínio da Siemens Brasil, por meio da Fundação Siemens, Simpress, Digix, Wilson Sons, Petrona Brasil e Google, e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura/Governo Federal.

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