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Deficiência de vitamina D é fator de risco para agravamento de covid-19? Especialista responde

Pessoas idosas e acima do peso precisam de atenção redobrada nos níveis desta vitamina no organismo

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 06/05/2021 às 11:46

Alterado em 06/05/2021 às 12:23

A médica Maura Neves Divulgação

Tomar sol, antes das 10h da manhã e após às 16h, é essencial para a manutenção da boa saúde de pessoas de todas as idades. Graças à radiação ultravioleta do sol, o corpo humano sintetiza um hormônio muito importante para a imunidade e para a saúde óssea: a famosa vitamina D.

Recentemente, um estudo conduzido por cientistas brasileiros e divulgado na revista Clinical Nutrition Espen, aponta que baixos níveis de vitamina D é fator agravante para pessoas infectadas com Covid-19. "É sabido que alguns pacientes têm maior risco para que a doença evolua para sua forma mais grave: obesos, idosos, hipertensos, diabéticos e pessoas com baixos níveis de vitamina D", enumera Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista da ABORL-CCF.

No caso dos idosos, a deficiência desta vitamina é muito latente: 25% daqueles independentes e 80% dos institucionalizados têm deficiência deste hormônio, seja por falta de exposição solar por problemas de mobilidade, seja por conta do próprio isolamento social ou alterações cutâneas próprias do envelhecimento que podem atrapalhar a síntese desta vitamina.

"A vitamina D é um hormônio lipolífico, ou seja, pode ficar armazenado nas células de gordura e menos disponíveis na corrente sanguínea. Por isso, pessoas obesas também entram no grupo de risco de agravamento da Covid-19", conta Dra. Maura.

Ficar atento para repor essa vitamina sempre que necessário e se expor ao sol, sem o uso de protetor solar ou blusa, por 20 minutos diários são algumas medidas essenciais para garantir que o organismo tenha o índice necessário desta vitamina e, dessa forma, a imunidade em dia.

Sobre Dra. Maura Neves

Otorrinolaringologista. Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP.